A pugilista britânica Nicola Adams, preocupada com uma possível perda permanente da visão, anunciou sua aposentadoria nesta quarta-feira (6) em carta aberta ao jornal inglês Yorkshire Evening Post. Adams foi a primeira atleta a ganhar uma medalha de ouro no boxe olímpico feminino, em Londres 2012, na categoria peso mosca.
Ingressando no esporte quando as modalidade não tinha o prestígio atual, a britânico despontou como uma das melhores do mundo. Além da medalha de ouro em sua terra natal, a pugilista conquistou o bicampeonato olímpico nos Jogos Rio 2016. No mesmo ano, a lutadora faturou o seu único Campeonato Mundial da Organização Mundial de Boxe (WBO).
"Estou imensamente honrado por ter representado nosso país - ganhar duas medalhas de ouro olímpicas e, em seguida, o cinturão do campeonato da WBO é um sonho tornado realidade", escreveu Adams. "Mas não é sem causar danos ao meu corpo, além das dores e dores esperadas - fui avisado que qualquer impacto adicional aos meus olhos provavelmente levaria a danos irreparáveis e perda permanente da visão".
Os feitos de Adams não se restringiram aos ringues e nem o seu reconhecimento. Em 2012, o jornal inglês on-line The Independent a elegeu como a pessoa LGBT mais influente da Grã-Bretanha. Além disso, a boxeadora recebeu a honraria de MBE (Membro da Ordem do Império Britânico) em 2013, sendo elevada a OBE (Oficial) em 2016.
Apesar de breve, a carreira profissional de Nicola foi vitoriosa, terminando como campeã interina do peso mosca encerrando sua carreira com um o empate contra a mexicana Marina Salis. “Pendurar minhas luvas sempre foi difícil, mas nunca me senti com mais sorte”, escreveu Adams. "E estou imensamente orgulhosa de quão longe o esporte chegou."
Foto: PA
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