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Mundial de Ginástica Rítmica 2019 - Dia 4


A Ginástica Rítmica do Brasil encerrou de forma excelente sua participação na disputa Individual do Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica. Nesta quinta-feira (19), as brasileiras Barbara Domingos e Natalia Gáudio participaram da prova das maças e finalizaram com ótimas e idênticas notas 19,650. Além da boa performance no último dia de competição, Barbara ainda pôde festejar o fato de ter ficado na 31ª posição. Até então, a melhor posição havia sido de Angélica Kvieczynski, que ficou em 33º no Mundial de Kiev (UCR), em 2013.

A melhor posição de uma atleta do Brasil na história dos Mundiais foi com Inês Oliveira, na 16ª colocação em 1975.

Faltou pouco ainda para que Barbara alcançasse uma inédita final no Individual Geral. Com a soma total de 57,200, Barbara terminou na 31ª posição, cinco acima da zona de classificação, levando-se em conta os critérios de limite de duas atletas por país na fase final. Natalia Gáudio encerrou o Mundial de Baku na 44ª posição, com um total de 53,750.

Ao contrário da quarta-feira (18), quando estava arrasada pela falha na prova da fita, que é seu melhor aparelho, Barbara Domingos não conseguiu conter a alegria com o desempenho nas maças e na competição de modo geral.

“Acho que dei a minha vida nesta última prova. Houve aquele erro na fita e fiquei um pouco abalada, o que é normal. Mas tinha que reagir, tinha que lembrar que ainda havia mais um aparelho e mostrei isso na quadra. Entrei com toda a minha força e foi uma pena que terminei a série sem música, senão a nota poderia ter ficado um pouco mais alta”, afirmou Barbara, que se surpreendeu com o fato de ter alcançado a melhor performance de uma ginasta brasileira em Mundiais.

“Não sabia que poderia ter alcançado a melhor campanha. Olha só que privilégio esse meu! Com 19 anos, eu sei que ainda tenho muito a evoluir, mas o que já adquiri de bagagem, de experiência, foi muita coisa. Na Copa do Mundo de Kazan, por exemplo, pela primeira vez tirei uma nota 18 em uma competição internacional. E aqui no Mundial, tirei duas notas 19. Isso só comprova o quanto a ginástica rítmica do Brasil está evoluindo”, afirmou, que agora foca no Pan-Americano de Ginástica Rítmica dos Estados Unidos, em maio de 2020, que definirá a última vaga individual das Américas para a Olimpíada de Tóquio.

Para Marcia Naves, treinadora de Barbara Domingos, a evolução de sua atleta nesta temporada foi muito grande. “Tivemos duas notas 18 em Kazan e vamos sair daqui com dois 19. Isso significa muito para a gente. É resultado de trabalho, dedicação, empenho e investimento. A CBG está investindo, nos mandando para as Copas do Mundo Fez muita diferença ela ter participado destas competições antes do Mundial. Quanto mais competir, mais experiência adquire, mais madura ela fica. Isso faz com que ela vá melhorando. Além disso, aquela medalha de prata no Pan-Americano de Lima fez com que ela mudasse de patamar”, explicou.
Natalia Gáudio vê evolução na despedida

Uma das ginastas mais experientes neste Campeonato Mundial, Natalia Gáudio, de 26 anos, se despediu de sua sexta participação na competição com a sensação de evolução técnica.

“Estou muito feliz por ter terminado bem a competição. Só vou embora chateada com a série do arco, porque o resto eu tenho certeza de que fiz o meu máximo. Infelizmente aquele erro me prejudicou no geral. Mas terminei bem a competição e vou para casa sabendo que estou subindo a cada vez que entro na quadra. Ainda mais com uma nota destas de hoje e olha que ainda tive um pouco de falta de tempo no final da série. Deixei de fazer um elemento novo, então a nota poderia ser quase 20”, explicou Natalia, que prevê uma briga difícil pela vaga.

“Minha preocupação nem é com a disputa interna pela vaga com a Barbara, mas com os outros países estão evoluindo muito. Deu para ver que o Canadá virá muito forte, o México está voltando a subir de rendimento, então acredito que a briga ficará entre estes três países no Pan-Americano”, disse Natália.

Segundo Monika Queiroz, técnica de Natalia, este foi um Mundial de recuperação. “A gente depositou todas as fichas no Pan-Americano de Lima, para ganhar aquela medalha de bronze no Individual. Numa curva sistêmica num projeto de treinamento, a gente sabe que o atleta vai lá em cima, desce e depois sobe novamente. Chegamos nesta segunda evolução nos dois últimos dias”, disse Monika, que já começa a planejar a próxima temporada.

“Vamos dar uma folga agora de duas semanas até outubro e já estamos negociando com os coreógrafos que podem montar as coreografias de 2020. Em novembro, vamos já começar a temporada e só iremos fazer o repouso das festas de final de ano, porque queremos seguir o calendário europeu, porque as primeiras Copas do Mundo são em abril e logo em maio será o Pan”, afirmou.

Campeãs definidas
Nesta quinta-feira, foram conhecidas as outras campeãs individuais por aparelho no Mundial de Baku. Nas maças, deu a lógica, com a vitória da favorita russa Dina Averina, que teve 23,800 na final. A prata ficou com a israelense Linoy Ashram (23,300) e o bronze com Vlada Nikolchenko (22,350).

Na fita, Dina Averina novamente brilhou e levou o ouro com a nota 21,800. A prata foi para Linoy Ashram (ISR), com 20,750, e outra russa, Ekaterina Selezneva, levou o bronze, com 20,650.

Foto: CBG/Ricardo Bufolin

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