Renan Dal Zotto, comandante da seleção masculina de vôlei,
vice-campeã mundial na temporada, e Fernando Possenti, técnico da
nadadora Ana Marcela Cunha, ouro na Copa do Mundo de Maratona Aquática
em 2018, serão os treinadores homenageados pelo Comitê Olímpico do
Brasil (COB) no Prêmio Brasil Olímpico 2018. A cerimônia de gala do
esporte brasileiro será realizada no próximo dia 18 de dezembro, no
Teatro Bradesco, no Rio de Janeiro.
Este ano, a premiação aos Melhores Técnicos do Ano recordará o
legado de dois grandes líderes do esporte nacional, falecidos
recentemente. Em 2018, o Troféu de Melhor Técnico Individual terá o nome
de Troféu Jesus Morlán e será entregue a Possenti pelos canoístas
Isaquias Queiroz e Erlon Souza. Já o Troféu de Melhor Técnico de
Esportes Coletivos será chamado Troféu Bebeto de Freitas e vai ser
entregue a Renan pelo filho do treinador que comandou a geração de prata
do vôlei brasileiro, Rico Freitas.
Em 2018, Fernando Possenti e Ana Marcela Cunha conseguiram vencer
duas etapas da Copa do Mundo, em Belafontured, na Hungria, e em St Lac
Jean, no Canadá; além de um segundo lugar na etapa de Victoria, em
Seychelles; e duas provas como terceiro em Chun’an, na China, e em Abu
Dhabi. Esse foi o terceiro título deles na competição mais importante
nos anos sem Mundial. Antes, a dupla já havia ficado com o título em
2012 e 2014. Em Mundiais, Possenti é o treinador brasileiro com mais
medalhas, oito, sendo dois ouros, duas pratas e quatro bronzes, todos
comandando Ana Marcela.
“É um grande reconhecimento. Fui trabalhar fora do país (África do
Sul) no começo do ano e voltei com esse projeto do COB, que me
surpreendeu muito positivamente pela qualidade dos profissionais, o
Laboratório Olímpico, a estrutura do Maria Lenk. Eu e a Ana Marcela
tivemos que nos superar para conquistar esse título. Estou emocionado em
ganhar o prêmio aqui dentro do meu país pela primeira vez”, disse
Possenti, de 39 anos, que começou a dar aulas de natação aos 17 anos,
treinamentos com 23 e se especializou em Maratona Aquática a partir de
2009. De lá para cá, já foi eleito quatro vezes pela Fina como melhor
treinador do ano.
A seleção masculina de vôlei passou por um período de transição nos
últimos dois anos sob o comando de Renan Dal Zotto, que deixou a
direção de seleções para assumir a equipe com duas missões: manter a
equipe no topo do ranking mundial e renovar o time. E, especialmente em
2018, no segundo à frente da seleção, as missões foram cumpridas. A
conquista do vice-campeonato da Liga Mundial revelou bons nomes da nova
geração, entre eles Douglas Souza, eleito o melhor atleta da modalidade
no ano.
“Fiquei bastante emocionado porque entendo que estar à frente de
uma seleção brasileira, seja ela de qual modalidade for, é sempre uma
responsabilidade muito grande. E ter esse reconhecimento só alimenta a
gente para seguir cada vez mais forte no trabalho, dá ânimo de trabalhar
cada vez mais duro. Eu ganhei um prêmio semelhante a esse como atleta. E
agora receber o prêmio como treinador também é uma satisfação enorme. É
um prêmio único”, disse Dal Zotto.
Além dos Melhores Técnicos, o Prêmio Brasil Olímpico irá premiar
outras categorias. Jackie Silva receberá o Troféu Adhemar Ferreira da
Silva por representar por valores como coragem, espírito de liderança e
eficiência. Ana Marcela, Ana Sátila e Marta, no feminino, e Gabriel
Medina, Isaquias Queiroz e Pedro Barros, no masculino, concorrem ao
prêmio de Melhor Atleta do Ano.
Ágatha e Duda (vôlei de praia), Arthur Zanetti (ginástica
artística), Bruno Fratus (natação), Bruno Rezende (vôlei), Eduarda
Amorim (handebol), Érika Miranda (judô), Gabriel Medina (surfe),
Henrique Avancini (ciclismo mountain bike), Letícia Bufoni (skate) e
Marta (futebol) concorrem ao Troféu Atleta da Torcida. Votação estará
aberta até o dia 18 de dezembro, durante a cerimônia do PBO, pelo portal
pbo.cob.org.br.
Fotos: Márcio Rodrigues e Rafael Bello
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