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Em clássico sul-americano, Brasil decide Mundial de Futebol de 5 na Espanha

Domingo, definitivamente, será dia de Copa do Mundo no Brasil. Um pouco antes da estreia de Neymar e companhia na Rússia, porém, a torcida terá a chance de acompanhar a seleção de futebol de 5 disputar a taça na Espanha, no clássico contra a Argentina. A final do Mundial da modalidade disputada por cegos está marcada para as 7h (de Brasília).

E se a equipe treinada por Tite busca o hexa na Europa, a dirigida pelo técnico Fábio Vasconcelos está atrás do penta em Madri, palco do torneio. É a maior vencedora da história, com as conquistas em 1998 (Paulínia-BRA), 2000 (Jerez de la Frontera-ESP), 2010 (Hereford-ING) e 2014 (Tóquio-JAP). Só não ganhou em 2002 (Rio de Janeiro-BRA) e 2006 (Buenos Aires-ARG), quando os campeões foram justamente os argentinos.

“O primeiro passo, a gente conseguiu, que foi chegar à decisão. E final a gente sabe que é um jogo diferente, especial. Trabalhamos para isso, para levar o título ao Brasil. Vamos para dentro dos caras”, promete Vasconcelos, dando o tom do que será o encontro.

Aliás, se a rivalidade entre os países já é enorme no futebol convencional, no futebol de 5 ela se mostra ainda maior. Os dois praticamente lideraram o desenvolvimento da modalidade entre o fim dos anos 80 e a década seguinte. Para se ter uma ideia, não houve uma edição sequer de Copa do Mundo, Paralimpíada ou Jogos Parapan-Americanos, as três principais competições, sem que uma das duas seleções não fosse a campeã.

Felizmente para os brasileiros, quase todas acabaram com vitória verde a amarela. Das 19 finais disputadas até hoje entre as duas camisas, o Brasil ganhou 16. Perdeu apenas a decisão já mencionada do Mundial de 2006, além das Copas Américas de 2005 e 2017.

Esta última, por sinal, interrompeu uma sequência impressionante de 11 anos de conquistas ininterruptas dos brasileiros – no período, o país colecionou 24 troféus. A final, disputada no Chile, terminou empatada sem gols, mas os hermanos levaram a melhor nas penalidades (2 a 1).

“Não é porque a gente perdeu, a Argentina tem o mérito dela, mas aquele jogo era outra equipe. Estávamos só com cinco jogadores de linha, sem Cássio, o Nonato se machucou no início, o Tiago Paraná estava lesionado... Agora estamos bem mais inteiros, recuperados, então para mim vai ser outro jogo”, analisa o treinador do Brasil.

O fixo Cássio, principal peça defensiva do time, não pôde jogar porque estava suspenso – fora expulso na partida anterior. Agora, ele espera ajudar seus companheiros em campo.

“A situação na Copa América me deixou bastante frustrado. Então, amanhã, além de entrar muito focado por ser uma final, entrarei muito motivado em poder contribuir para darmos a reposta após aquela derrota”, diz o jogador.

Quem também não participou da campanha no Chile foi Jefinho, um dos principais nomes do grupo e eleito o melhor jogador do mundo em 2010. Na final deste domingo, ele estará ao lado de Ricardinho, o atual dono da coroa no futebol de 5 e artilheiro do Mundial em Madri, com nove gols – empatado com o turco Hasan Satay.

“É o maior clássico mundial entre seleções. É uma partida diferente. Por se tratar dessa rivalidade, gera um algo a mais nos atletas dos dois lados, a questão motivacional aumenta, mexe muito com o psicológico dos jogadores. Mas acredito que nesse aspecto estamos bem e vamos fazer um bom jogo”, diz Ricardinho, que fez gol em todos os confrontos até aqui na campanha em Madri.

Ao todo, já houve 47 encontros entre os rivais sul-americanos na história. O Brasil tem ampla vantagem no retrospecto: 23 vitórias, 19 empates e cinco derrotas. Marcou 49 gols e sofreu 17.
Campanhas
O Brasil chega à decisão da Copa do Mundo da Espanha com 100% de aproveitamento. Na fase de grupos, venceu Mali (6 a 1), Costa Rica (14 a 1) e Inglaterra (3 a 0). Nas quartas, bateu a Colômbia por 3 a 0. Na semifinal, fez 1 a 0 na China.

Por sua vez, a Argentina colecionou duas vitórias – Irã (1 a 0) e França (3 a 0) – e um empate – Colômbia (0 a 0) – na primeira fase. Nas quartas, passou pela Inglaterra nos pênaltis (1 a 0), depois do empate em 1 a 1 no tempo normal. Na semifinal, derrotou a Rússia, atual campeã europeia, por 1 a 0.


Além da taça, o título em Madri garantirá ao campeão vaga para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2020.

Foto: CBDV


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