O uruguaio Julio Maglione foi reeleito presidente da FINA em eleição realizada neste sábado em Budapeste, na Hungria. Na disputa ele derrotou o italiano Paollo Barelli, presidente da Federação Europeia de Natação (LEN) e ficará a frente da entidade que gere os esportes aquáticos por mais quatro anos.
Maglione contava com o apoio quase total dos membros votantes da África, Ásia, Oceania e das Américas. Estiveram presentes 176 dos 208 filiados da FINA, cada país tendo direito a dois votos. O uruguaio de 81 anos recebeu 258 votos contra 77 de seu concorrente.
O mandatário chegou ao poder da FINA em 2009, quando foi eleito para substituir o presidente Mustapha Larfaoui, da Argélia. Mas para poder concorrer novamente este ano, Maglione precisou mexer no estatuto da FINA em 2015. Ele conseguiu alterar a parte em que se proibia pessoas com mais de 80 anos disputarem eleições para a presidência da entidade. Com sua segunda reeleição, o uruguaio vai para o seu terceiro mandato, podendo completar assim 12 anos a frente da FINA.
Nos últimos meses surgiram denúncias de corrupção contra vários membros da entidade. Um desses acusados foi eleito para compor a diretoria. Husain Al-Musallam, do Kuwait, foi nomeado vice presidente e está envolvido em um suposto esquema de recebimento de propina em contratos de patrocínio. Diretor do Conselho Olímpico Asiático, Mussalam teve conversas telefônicas divulgadas por grandes jornais internacionais, como o The Times e o Der Spiegel, onde aparece negociando uma comissão de 10% em contratos firmados entre patrocinadores e a entidade asiática. O valor das comissões seriam superiores aos 40 milhões de dólares.
Compõe a presidência o sul-africano Sam Ramsey, eleito segundo vice-presidente, e o tailandês Pipat Paniangvait como tesoureiro. Também foram eleitos outros membros da mesa diretora, bem como os representantes continentais no Bureau da FINA.
Foto: Getty Images
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