A Etiópia, um dos cinco países que a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) disse estar em "cuidados críticos" em relação aos seus sistemas de testes de drogas - junto com Quênia, Marrocos, Ucrânia e Bielorrússia - irá impor banimentos por toda a vida para aqueles que forem pegos usando drogas, conforme anunciou nesta última quarta-feira o novo presidente da Federação Etíope de Atletismo (EAF), Haile Gebrselassie.
O país teve sua credibilidade questionada este ano, quando seis de seus atletas foram investigados por doping. O EAF posteriormente anunciou que iria realizar testes em até 200 atletas. Gebrselassie, que foi eleito chefe do EAF no mês passado em meio ao descontentamento pela má administração da organização, disse à Reuters que seu governo adotou uma abordagem de "tolerância zero" em relação ao doping.
"Nossa posição é que não há desculpa para alguém que trapaceou. A partir de hoje, qualquer atleta que tenha ofendido será atingido por uma proibição por toda a vida", disse ele.
Tal movimentação significa que os atletas etíopes que falharem em testes de doping estão sujeitos a uma proibição de quatro anos a partir de 28 de dezembro em diante, não sendo mais capazes de representar o país em qualquer competição, sendo esta punição muito mais severa da que é atualmente imposta pelo Comitê Olímpico Internacional.
Foto: Reuters/ Tiksa Negeri
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