m 2013, durante a disputa do Mundial Feminino da Sérvia, quando o
Brasil foi campeão, ela ganhou o título de caçulinha da Seleção
Brasileira de Handebol, mas assumiu o posto com fôlego de iniciante e
responsabilidade de veterana. Hoje, aos 23 anos, a central Deborah
Hannah, apesar de ainda muito jovem, passou a posição adiante e, após um
período complicado de lesões, retorna para tentar se firmar na equipe
novamente.
A pernambucana é uma das convocadas para a fase de treinamento da
Seleção em Belém (PA) e para a disputa do II Torneio Quatro Nações nos
dias 1, 2 e 3 na capital paraense. Nestes três anos, Hannah não ficou de
fora do grupo em definitivo, mas duas lesões na sequência atrapalharam o
caminho para a Rio 2016. Em 2014 e 2015, ela sofreu consecutivamente o
rompimento do ligamento cruzado anterior do joelho e teve que trabalhar
duro na recuperação.
Em 2016, já recuperada, o objetivo foi retomar o 'tempo perdido'.
Hannah voltou à Metodista/São Bernardo (SP) e tem feito boas atuações
pela Liga Nacional, um combustível extra para o retorno à Seleção. Este
ano já foi chamada por Morten Soubak, mas ainda sofria um pouco com a
falta de ritmo. Agora, com o início de um novo ciclo, o trabalho
recomeça para garantir seu lugar na equipe do treinador dinamarquês nas
principais competições internacionais, até chegar a Tóquio 2020.
Para ela, este pode ser o momento perfeito, pois o trabalho do
grupo também se reinicia após os Jogos Olímpicos do Rio. "É um recomeço
para todos nós, tanto para a equipe, quanto pra mim. Estou muito feliz, é
sempre muito bom representar a nossa Seleção. Agora teremos ainda mais
responsabilidade, pois é um novo ciclo, com novas metas, novas atletas e
ano que vem já tem Mundial e eu quero participar", afirmou.
Para quem não se lembra, a central foi uma peça decisiva na
partida que valia a medalha de ouro na Sérvia, o fator surpresa de
Morten Soubak. Com 20 anos na época, ela não se intimidou e cumpriu bem
seu papel, desestabilizando a defesa das donas da casa. Atualmente, o
título de caçulinha é da pivô/armadora Lígia Costa, com a mesma idade de
Hannah na época do Mundial de 2013.
Porém, mesmo já com uma boa experiência na Seleção, Hannah
demonstra que ainda tem muito a aprender. "Acho muito importante a
conquista de estar na Seleção mais uma vez. A parte física tenho
trabalhado bem no clube. Sempre aprendo bastante aqui, até porque
treinar ao lado de Ana Paula, Duda, Babi, entre outras, é como ter uma
aula de handebol", elogiou.
No II Torneio Quatro Nações, o Brasil irá enfrentar as equipes de
Cuba, Eslováquia e Uruguai. Um primeiro teste para uma equipe
reformulada. Os jogos serão nos dias 1, 2 e 3, no ginásio do
Mangueirinho. Uma grande oportunidade para o público da região Norte
conferir de perto grandes feras da modalidade.
Foto: Divulgação
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