As nove medalhas em nove provas conquistadas nos Jogos Paralímpicos
Rio 2016 alçaram o nadador Daniel Dias ao status de lenda do esporte.
Somando as três participações no evento, o brasileiro soma 24 pódios na
carreira, um recorde entre os homens na natação paralímpica. Daniel já
fez história, mas segue com vontade de colecionar medalhas.
“Espero competir em mais duas ou três Paralimpíadas e ajudar o
esporte paralímpico a crescer”, disse Daniel, em entrevista ao Comitê
Paralímpico Internacional (IPC). “Já estou treinando para o
Mundial do ano que vem, no México, para o Parapan de Lima, em 2019, e,
claro, para os Jogos de Tóquio 2020”, avisou.
Embora já esteja pensando no futuro, Daniel Dias não esqueceu do que
acabou de passar. O nadador voltou a exaltar a experiência de competir
em casa no Rio 2016, diante de milhares de pessoas que lotaram o Estádio
Aquático no Parque Olímpico da Barra.
“Claro que eu já estava esperando o apoio do público, mas não podia
imaginar que seria tão grande. Foi uma emoção muito grande, maravilhosa e
surpreendente. A afeição do público me motivou a dar mais ainda de
mim”, contou o brasileiro, destacando o sucesso de organização dos Jogos
Paralímpicos.
“Acho que os fãs foram o melhor do Rio 2016. Além disso, não tivemos
problemas de logística e a sociedade começou a olhar para nós (pessoas
com deficiência) com mais respeito”, opinou.
Das nove medalhas conquistadas no Rio de Janeiro, Daniel admitiu que
algumas não eram tão esperadas por ele. “Meu objetivo era conquistar
medalhas nas provas individuais. Mas eu consegui chegar ao pódio nos
revezamentos, então excedi minhas expectativas”, explicou.
O que não mudou entre as medalhas individuais e no revezamento foi a
comemoração. Daniel sempre tirou um tempo para quebrar os protocolos e
festejar as conquistas com a família, especialmente os filhos
Danielzinho e Asaph.
“Competir em casa com minha esposa, meus filhos, parentes e amigos
assistindo da arquibancada foi maravilhoso, fantástico. Saber que eles
me amam, independentemente de ganhar uma medalha ou não, não tem preço”,
afirmou o nadador, citando a medalha dos 50m borboleta como a mais
especial.
“Foi depois daquela prova que eu aprendi várias lições. Olhei para a
arquibancada, vi minha família e soube que, não importaria a posição que
eu chegasse, o amor deles não mudaria. A partir daquele momento eu
passei a aproveitar mais os Jogos”, disse o brasileiro.
Foto: CPB
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