A Seleção Feminina de Handebol se prepara para viver um novo
momento a partir de agora. Renovada após a saída de algumas atletas mais
experientes, que deixaram de vestir a camisa verde e amarela depois dos
Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a ordem é recomeçar, com uma nova
cara e novos objetivos até o fim do ciclo que termina com Tóquio 2020.
Para isso, o técnico Morten Soubak terá, a partir do dia 24 de novembro,
uma oportunidade de colocar o novo grupo para trabalhar, rever
conceitos e até mesmo estratégias. A equipe fará uma fase de treinamento
e irá disputar o Torneio Quatro Nações, em Belém (PA), com jogos nos
dias 1, 2 e 3 de dezembro contra Cuba, Eslováquia e Uruguai.
Além de caras novas, ou que tiveram passagens pelo grupo
anteriormente, o treinador irá contar com parte da equipe que disputou a
Rio 2016, por isso, para ele é um retorno diferente. "Obviamente que
nosso trabalho agora não será um começo total, mas sim um recomeço.
Temos que renovar em vários aspectos, não somente porque várias atletas
de alto nível não estão mais disponíveis para a Seleção. Temos que
pensar no estilo que estávamos jogando e nos aprofundarmos nas novas
regras que foram implantadas para os Jogos do Rio e que devem
permanecer", pontuou o treinador.
Para ele, o período reunido será importante para avaliar os rumos
que a equipe irá seguir a partir de agora. "Vamos dar chance para
algumas atletas jovens e outras que fizeram parte do trabalho, mas que
não ficaram na equipe para as Olimpíadas. Vamos pensar muito nas
características de cada uma e, possivelmente, criar outro jeito de
jogar, de acordo com esse perfil, pois o anterior era muito baseado nas
atletas que estavam", acrescentou Morten.
O torneio servirá para avaliar a equipe em quadra neste primeiro
momento, mas o técnico pretende pensar mais em como se comporta a
própria Seleção e menos nos adversários. "Vamos treinar e jogar o Quatro
Nações, mas não é um momento para definições, por isso, os oponentes
independem. O importante será pensar em cada uma das atletas nos treinos
e jogos e ver a evolução de cada uma. É bom termos adversários com
estilos diferentes, principalmente de defesa, para ver como elas se saem
em diferentes situações. Vamos encarar isso como um desafio", encerrou o
técnico.
Em 2017, o Brasil já terá alguns compromissos oficiais
importantes, como o Pan-Americano da modalidade, em junho, no Canadá, e o
Mundial, em dezembro, na Alemanha.
Seleção Feminina de Handebol
Goleiras - Bárbara Arenhart (Vaci NKSE-Hungria), Gabriela Moreschi (Larvik HK-Noruega) e Jéssica Oliveira (UnC/Concórdia-SC).
Armadoras - Bruna de Paula (Fleury Loiret-França), Eduarda Amorim
(Gyor Áudio ETO-Hungria), Juliana Malta (MKS Zaglebier Lubin-Polônia) e
Raphaela Priolli (SGH Rosengarten-Buchholz-Alemanha).
Centrais - Ana Paula Rodrigues Belo (Rostov Don-Rússia), Deborah
Hannah Nunes (São Bernardo/Metodista-SP) e Francielle Gomes da Rocha
(Vegus/Guarulhos-SP).
Pontas - Bruna Gonçalves Rodrigues (São Bernardo/Metodista-SP),
Jéssica Quintino (HC Odense-Dinamarca), Larissa Araújo (Erdi Sport
KFT-Hungria) e Samira Rocha (OGC Nice Handball-França).
Pivôs - Lígia Costa Maia da Silva (Pogon Szczecin-Polônia) e Tamires Morena Araújo (CDB Cercle Dijon Bourgogne-França).
Foto: Getty Images
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