Não são somente as Seleções Olímpicas de Handebol que estão à pleno
vapor em 2016. No feminino, as categorias de base vivem um momento
importante e de muito trabalho. Este é o ano em que as equipes Júnior e
Juvenil disputam os Campeonatos Mundiais e, para cumprir a meta de
garantir um bom resultado, as duas classes têm se esforçado muito.
Para
ambas, o primeiro compromisso do ano foram os Pan-Americanos da
modalidade e o Brasil fez bonito ao subir ao lugar mais alto do pódio
nas duas ocasiões. Além disso, as equipes mostraram todo o potencial de
uma nova geração com vários destaques individuais.
No Juvenil, finalizado no último fim de semana em Santiago, no
Chile, Renata Arruda foi eleita a melhor goleira e também o destaque da
competição, Gilvana Nogueira a melhor armadora esquerda e Gabriela
Bitolo a melhor na armação direita, além de ser a artilheira do Brasil e
quarta no geral, com 27 gols.
Já no Júnior, disputado em março, em Foz do Iguaçu (PR), a
goleira Alice Silva ganhou como melhor da posição e a armadora direita
Bruna de Paula foi eleita a melhor do campeonato.
Resultados como estes comprovam que o Brasil está no caminho
certo. As atletas convocadas para as duas competições continentais,
vindas de várias partes do País já demonstraram talento, e a partir de
agora, é trilhar um caminho de esforço e dedicação para, um dia,
substituir grandes nomes da modalidade, que conquistaram a medalha de
ouro histórica no Mundial de 2013.
O técnico da Seleção Adulta, Morten Soubak, trabalha em conjunto
com os treinadores da base para o desenvolvimento das equipes e conta
que muitas outras ações estão programadas até o fim do ano. "Iniciamos o
trabalho com elas em janeiro e já passamos pelos dois primeiros
desafios. Mesmo com esse curto período, as duas equipes já tiveram uma
boa atuação e conseguiram manter a força do handebol do Brasil. Estamos
muito contentes com os resultados", disse o dinamarquês.
A meta agora é fazer um bom papel nos Mundiais. "O Mundial é um
campeonato mais disputado e, por isso, temos que tentar evoluir no
aspecto coletivo e individual. A Seleção Júnior já tem mais bagagem.
Muitas das atletas jogam a Liga Nacional e já tiveram passagem pela
Seleção Juvenil, disputaram Olimpíadas da Juventude e Mundiais. Com
certeza, vamos brigar para que o Brasil faça uma boa participação",
concluiu.
Morten tem feito a preparação em conjunto com os técnicos das
duas equipes. Daniel Suarez, o Cubano, da Júnior, e Cristiano Rocha, da
Juvenil, assumiram as equipes há pouco tempo, mas já mostraram um bom
trabalho. "O Cubano já participou de vários evento internacionais, tanto
quando jogava, quanto como treinador da Seleção Universitária. O
Cristiano também teve passagens pelas Seleções de base e, recentemente,
integrou a comissão da Adulta no Mundial da Dinamarca. Estamos
conseguindo fazer uma boa integração e, tenho certeza, que vai dar
resultados", afirmou Morten.
Na sequência da preparação, a Seleção Juvenil já tem uma próxima
fase de treinamento marcada de 8 a 14 de maio, em Blumenau (SC). O
Mundial da categoria será disputado de 19 a 31 de julho na Eslováquia.
Já o Júnior será na Rússia, de 3 a 15 de julho.
Foto: Divulgação
0 Comentários