Foi sofrido, mas foi. Obrigado Júlio César!
Vitória nos pênaltis digna de um ataque cardíaco. Nem tanto pelos ataques chilenos, mas pela confiança que a seleção brasileira não passou nos 120 minutos de jogo. Ao que parece uma força maior impede o time de deslanchar. É uma mistura de nervosismo, pressão e falta de confiança.
O Brasil não jogou mal no primeiro tempo. Apresentamos um maior volume de jogo, fizemos o primeiro gol e criamos algumas chances. A seleção até estava melhor no jogo antes da desatenção que resultou no gol chileno. Marcação pressão em lateral é bola cantada e que está muito evidente nesta Copa. A forma e o momento em que o gol saiu derrubou a seleção brasileira.
O problema do time brasileiro é a falta de um jogo no meio de campo. E a novidade? É um fato confirmado nas últimas três partidas. E a culpa recai muito (além de Felipão) em Oscar. Hoje ele se isolou completamente na direita durante os primeiros 45 minutos, enquanto as melhores jogadas vinham da esquerda, com Hulk e Neymar. Ficamos sem um armador, isso sobrecarrega os volantes.
Méritos também para o Chile, que marcou muito bem a saída de bola e não deixava os brasileiros respirarem para sair jogando. A arbitragem Webb pode ser questionada em um possível pênalti e um gol anulado de Hulk, melhor em campo. Se Hulk chamava o jogo, estas situações afetaram os brasileiros não apenas diretamente, mas no desânimo perceptível que sucedia cada uma.
Na prorrogação o Brasil se acalmou. A torcida mineira foi a melhor até agora e contribuiu para isso, ela não deixou os chilenos crescerem e apoiaram a seleção a todo o momento, inclusive com gritos novos. O meio de campo finalmente se compactou e o Chile se fechou para manter o empate no placar. Em meio disso Ramires entrou mal na partida, e a defesa canarinha ainda se desesperava quando os chilenos partiam para o ataque.
O travessão salvou uma vez, e aí ficou nas mãos de Júlio César salvar o Brasil. Ele merece por tudo o que a seleção representa para ele. É um dos jogadores que mais veste a camisa e joga com uma vontade extraordinária. A atuação de hoje é para sanar dúvidas sobre ele.
Que venha a Colômbia, uma das poucas seleções que conseguiu convencer até o momento na Copa. Bom para o Brasil, que costuma crescer em confrontos como esse.
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