A Alemanha impediu o enredo épico da Argélia na Copa que incluiria um duelo contra a França, mas a participação argelina no Brasil ainda é histórica. A imagem que a seleção trouxe da Copa de 2010, quando realizou monótonos, foi completamente modificada. O time de 2014 é muito bom, briga facilmente como o melhor da história do país. Além disso, sua torcida, que veio em peso, conquistou grande parte dos brasileiros.
Na primeira vez que avançou para a segunda fase da Copa do Mundo, os argelinos vieram com sangue nos olhos para vingar os alemães pelo que os africanos consideram como um "jogo de compadres" entre Alemanha e Áustria que os eliminaram em 1982. Em campo, um toque de bola de qualidade que terminava na velocidade dos atacantes.
Neuer precisou intervir diversas vezes fora da área para cobrir os inconsequentes avanços da zaga alemã. Nos infinitos chutes de Müller e Schürrle, M'Bolhi apareceu muito bem para salvar a Argélia. O jogo se arrastou em um bom 0x0 até a prorrogação.
Já no começo do tempo extra, Thomas Müller escapou pela esquerda e cruzou para Schürrle finalizar, sem querer, de letra. Um a zero com cara de anticlímax. A partir daí seria uma prorrogação previsível com vitória alemã, certo? Errado. Ataque e contra-ataques que terminaram em mm gol para cada lado no finalzinho dos 120 minutos e emoção até o fim do jogo.
Além da história argelina, a Alemanha mostrou que não é o bicho papão, aliás, ninguém é bicho papão nessa Copa, mesmo com a camisa prevalecendo em momentos como hoje. Promessa de um jogão nas quartas na Copa das Copas.
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