Após uma audiência especial realizada nesta sexta-feira, a juíza Gisele Guida de Faria, da 9ª Vara de Fazenda Pública do Rio, decidiu que o Parque Aquático Júlio Delamare continuará em funcionamento apenas para os atletas da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). De acordo com a ata da reunião, as bilheterias antigas - que começaram a ir ao chão no último dia 17 - e o Centro de Treinamento de Saltos Ornamentais Carlos Arhtur Nuzman serão demolidos por conta de uma demanda da Fifa para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, já que a Rua Mata Machado terá de ser alargada e servirá como uma via de escoamento do público nos eventos esportivos.
Outra decisão da magistrada beneficia os saltos ornamentais. Por conta da demolição do antigo centro de treinamento, um novo e provisório terá de ser construído pelo estado para possibilitar aos atletas a continuidade do treinamento ao "ar livre, coberto por uma lona, nos moldes e metragem daquele que se encontra instalado na antiga bilheteria". O prazo é de até 20 dias corridos da data do fim da Copa das Confederações, no dia 5 de julho de 2013. O perito que esteve na inspeção nesta quinta-feira estimou o valor em R$ 200 mil.
Segundo a ata, no local onde ficam as antigas bilheterias e o Centro de Treinamento de Saltos Ornamentais Carlos Arthur Nuzman será colocado um tapume para separar o acesso do Maracanã ao Júlio Delamare. O funcionamento do Parque Aquático só será suspenso temporariamente por conta dos dois eventos da Fifa.
Para o presidente da CBDA, Coaracy Nunes, que acompanhou a inspeção na quinta-feira, a decisão da juíza foi uma vitória da entidade. "Eu achei ótimo. Uma coisa maravilhosa. Isso era um grande objetivo nosso. Reocupamos o Maracanã de alguma maneira. Tínhamos dois grandes objetivos: primeiro, era impedir a demolição, que alcançamos hoje. Segundo, o treinamento para os saltos ornamentais. Essa informação foi meu grande presente de aniversário."
A Secretaria do Estado da Casa Civil ainda não tem uma posição oficial sobre o assunto.
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