O mais famoso assassino inglês é Jack, o estripador, conhecido em inglês
como Jack the Ripper. Trata-se de uma identidade criada pelo próprio assassino
em uma de suas cartas. Até hoje, não há provas concretas de quem seja sua
identidade verdadeira, apesar das inúmeras hipóteses e teorias.
Em 1888, no mínimo cinco mulheres foram mortas por Jack no distrito de
Whitechapel, em Londres. Todas elas eram prostitutas e, como primeiro passo do
assassinato, eram estranguladas para não provocarem barulho. Duas tiveram as
gargantas cortadas e seus corpos mutilados enquanto outras três tiveram órgãos
internos removidos.
Na época, todos os jornais da capital e região fizeram uma cobertura do
caso, pois a polícia não foi capaz de capturar. A natureza dos casos, selvagem
e abominável, chocou todos os londrinos. Como o autor dos crimes nunca foi
capturado e os mistérios envolvendo-o perdurarem até hoje, lendas, teorias
conspiratórias, folclores de Jack, o estripador, foram criados.
Mary Ann Nichols, Annie Chapman, Elizabeth Stride, Mary Jane Kelly e
Catherine Eddowes são as cinco vítimas que as autoridades britânicas
confirmaram que morreram pela mão de Jack. Mais vítimas foram encontradas na
mesma região até 1891, porém não foi comprovada a participação de Jack.
A remoção dos órgãos sugere duas suspeitas fortes: o assassino era
adepto ao satanismo e realizava rituais com os órgãos das vítimas ou era um
médico cirurgião que retirava os órgãos para estudos e análises.
George Lusk foi o detetive especial deste caso. Apesar de vários
interrogatórios, vigilância reforçada, grande número de policiais envolvidos,
Lusk não obteve resultados. A população local começou a patrulhar
voluntariamente as ruas de Londres para ajudar os policiais a encontrar os
suspeitos. Jack aproveitou a situação e enviou cartas endereçadas a Lusk. A
partir delas que o nome Jack, o estripador, surgiu.
Mais de 20 suspeitos foram encontrados, dentre eles alguns imigrantes do
leste europeu que moravam na região, alguns médicos considerados 'loucos' pela
população e pessoas do alto escalão britânico, como o príncipe Albert Victor.
Nenhuma suspeita foi realmente confirmada.
Há uma forte teoria de que o Jack teria sido na verdade uma mulher.
Lizzie Williams, esposa do ginecologista da realeza, John Williams é uma das
principais suspeitas de ser a verdadeira identidade de um dos maiores
assassinos de todos os tempos. O pesquisador e advogado aposentado John Morris
lançou o livro "Jack, o estripador: a mão de uma mulher" com fortes
evidências acusando Lizzie. Segundo Morris, a assassina matava por vingança por
ser estéril, ter um casamento infeliz e enlouqueceu quando viu-se sem dinheiro.
Nenhuma vítima sofreu abuso sexual e três delas tiveram seus úteros removidos.
Mas essas não são os únicos motivos que levaram Morris a crer nisso.
Foram encontradas perto das cinzas de uma das vítimas resquícios de uma capa,
saia e chapéu femininos que não pertenciam a ela. Isso o fez levar a crer que
se tratava das roupas de Jack. Pela natureza das feridas, o assassino devia ter
algum conhecimento cirúrgico, o que leva a crer que John Williams também estava
envolvido.
Muitas teorias, nenhuma confirmação exata. A BBC londrina declarou que o
Jack, o estripador, é o pior britânico de toda a história. Sem deixar provas e
evidências denunciando sua verdadeira identidade, Jack tornou-se uma lenda viva
em Londres.
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