Há uma guerra feroz nos bastidores da anti-dopagem mundial entre o BOA (Associação Olímpica Britanica) e a WADA (Agência Mundial Anti-Doping) que pode até resultar no banimento da Grã Bretanha dos Jogos Olímpicos, em última instância.
Um breve resumo da história: O BOA tem uma regra de que um atleta banido por seis meses ou mais devido a doping, automaticamente desiste do direito de representar a Grã Bretanha nos Jogos Olímpicos para sempre. Mas a WADA diz que a punição por doping é de até dois anos, e que o BOA, adicionando um banimento para toda a vida, vai alem das punições da WADA. Consequentemente o orgão declarou que a Grã Bretanha era um país que não se submetia as regras do código anti-doping, o que é um fato vergonhoso para o Comitê Olímpico Britânico. O BOA então decidiu recorrer ao Comitê de Arbitragem do Esporte (CAS) dessa decisão da WADA, com base no artigo 13.5 do código anti-doping, que dá o direito as associações de recorrerem das decisões do orgão.
Uma decisão que pode influencar a favor da WADA, foi a reversão da punição de LaShawn Merritt (USA) em relação a punição do COI (regra própria) em que um atleta punido por mais de seis meses por doping está fora da olimpíada seguinte. O CAS julgou que essa regra é inaplicavel e assim favoreceu a Merritt que irá defender seu título olímpico em Londres. Logo após essa decisão, a WADA, escreveu uma carta para o BOA exigindo que o comitê revesse a sua política de punição, mas o BOA manteve firme a sua posição em relação ao banimento do doping.
O caso ainda não foi julgado pelo CAS. Mas o resultado poderá até excluir a Grã Bretanha das Olimpíadas, caso seja dada razão a WADA e o BOA seja irredutivel. É aguardar para ver o resultado dessa polêmica.
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