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Felipe Wu reconhece ciclo olímpico conturbado e define como única meta "treinar e competir bem, independente de vaga olímpica"



O atirador Felipe Wu voltou a competir na etapa do Rio de Janeiro da Copa do mundo de tiro esportivo, após a ausência nos Jogos Pan-americanos de Lima, onde não se classificou. Na competição disputada na semana passada, Wu não foi bem, terminando na 76º posição, muito longe dos bons resultados de anos atrás. E, entrevista exclusiva ao surto olímpico, o medalhista de prata nos jogos Rio 2016 foi crítico em relação ao seu resultado, mas sai tranquilo porque acredita que deu o seu melhor:

"O resultado não foi bom, mas eu também não venho em uma sequência boa. Algo que me deixa mais tranquilo é que eu treinei bastante. Realmente eu não estou em um momento bom, mas isso não significa que eu não esteja treinando e me dedicando. Fiz tudo que podia fazer para ter um bom resultado, mas infelizmente não saiu. faz parte do esporte."

Com a chance de vaga olímpica se resumindo ao melhor colocado no ranking que ainda não se garantiu em Tóquio, Wu que é atualmente número 84 do mundo, decidiu deixar a decisão de quem irá nas quatro etapas da Copa do mundo a CBTE e se preocupar em voltar a ser competitivo : "Na verdade isso não depende muito de mim. Vai depender de qual o planejamento que a confederação vai fazer, se vai mandar atletas para essas etapas...Se ano que vem eu ganhar a vaga pelo ranking ou não, não depende de mim. Eu só quero mesmo é voltar a treinar e competir bem."

Wu também deu uma longa avaliação sobre como esse último ciclo olímpico foi conturbado na sua carreira:  "Esse ciclo foi conturbado. No começo eu dei uma descansada e eu estava treinando bem. Mas quando voltei, não conseguia performar nas competições e nesse ano de 2019 a verdade era que eu não vinha treinando bem. Então foram anos de altos e baixos. 2017 talvez foi o meu melhor ano em resultados mas ainda não valia vaga... Então é difícil falar algo, difícil dizer o que poderia ser feito. Tenho certeza de que eu me dediquei bastante. Eu mesmo estava pensando algumas semanas atrás no quanto que eu aprendi nesses anos de mais dificuldade, é sempre um aprendizado a mais quando a gente tem uma dificuldade maior. E isso que eu quero tentar levar para frente, minha meta é tentar treinar e competir bem, essa é minha meta, independente de vaga em Olimpíada ou não, isso vai ser consequência do bom trabalho que eu fizer."

Felipe ainda pediu que a Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE) repense seu planejamento, já que nesse ciclo o Brasil não pegou nenhuma vaga olímpica até o momento e vem tendo resultados bem abaixo em comparação ao ciclo anterior: "A gente não tem um planejamento a longo prazo. Todo ano tem um planejamento técnico visando o ano seguinte... Eu acho que talvez agora, como não teve uma classificação olímpica, é o momento da confederação parar e repensar o que está fazendo no planejamento, se está certo ou não."

Felipe continuou: "E não é um trabalho a ser feito só com o Felipe Wu, tem que ser feito com vários atletas que não conseguiram a vaga olímpica. Tem que pensar o que foi feito no ciclo anterior e que deu resultado, porque antes das Olimpíadas do Rio em 2016 não era só o Felipe Wu com chance de medalha, a gente tinha uma equipe bastante forte. E agora se for comparar os resultados, dá pra ver que o nível brasileiro ficou bem mais baixo, tanto a pistola quanto a carabina. Por exemplo, No pan de Toronto foram menos atletas e ganhamos mais medalhas. E nesse Pan só tivemos dois bronzes. É de se pensar." Concluiu.

foto: Abelardo Mendes júnior/ rededoesporte.gov.br

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