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Isadora Williams:"Quero que os brasileiros me assistam, torçam e tenham orgulho de mim"

A Patinadora Isadora Williams celebrou muito sua segunda participação olímpica. Participação essa que veio em meio a seu crescimento como atleta e pessoa. Ela saiu da casa dos pais na Virgínia, para cursar uma faculdade em New Jersey, e passou a ter muitas responsabilidades além das de atleta: "Fiquei muito feliz em conquistar a vaga olímpica pela segunda vez. Eu treinei muito para isto e tive que fazer mudanças para ter uma melhor qualidade de treino. E elas foram uma das melhores coisas que aconteceram comigo. Eu me tornei uma atleta mais forte, consistente e ganhei mais respeito diante dos juízes, o que me deu mais confiança e me fortaleceu muito." Contou Isadora em entrevista ao Surto Olímpico.

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Isadora detalhou toda a mudança ocasionada por estar longe de casa: "Não foi fácil conciliar a universidade, treinos e ainda ter que trabalhar para me sustentar. Além da ajuda financeira da CBDG, do Bolsa Atleta e do programa Solidariedade Olímpica, conto com a ajuda dos meus pais e dos meus treinadores. O Igor Lukanin também é meu agente e, com seus contatos, consegui fazer alguns shows durante o Natal. Eu consegui um vestido novo com apoio da CPQi para o meu programa curto, um par de patins EDEA, um par de lâminas John Wilson, um novo website da #HASH e o dinheiro arrecadado na campanha que fiz para conseguir pagar algumas aulas de saltos. "


Isadora também revelou a pressão que sentiu ao ir para sua primeira olimpíada, como a primeira patinadora sul-americana a participar dos jogos:" Eu tinha apenas 17 anos quando garanti a classificação e tudo aconteceu muito rápido! De repente virei uma sensação no Brasil: fui solicitada para várias entrevistas e quando voltei da Alemanha já tinha repórteres me esperando para me entrevistar no aeroporto que desembarquei! Eu contei minha história no Esporte Espetacular, e toda esta atenção da mídia de brasileira eu passei de 900 seguidores para mais de 20 mil após Sochi! Mas depois da ascensão, veio a decepção. Eu não fiz o programa que gostaria de fazer em Sochi, não patinei o meu potencial e terminei na última posição. E jurei nunca mais calçar patins novamente"


Isadora continua:  "Fiquei sem patinar por quase cinco meses. Em meados de agosto de 2014 eu senti falta do gelo e queria voltar. Entrei em contato com a CBDG, que estava se organizando e se reestruturando, e eles me deram apoio. Recomecei meus treinamentos com Nathalya Tymonchenko, a minha coreógrafa na época, responsável por criar meus dois programas após Sochi. Voltei a treinar com meu antigo técnico, Andrey Kriukov, mas somente com os saltos. Competi em toda a temporada e fiz mudanças essenciais para o meu futuro. Tenho muito orgulho de quem sou e do que conquistei, inclusive a vaga olímpica para o Brasil pela segunda vez e vou para PyeongChang muito madura e forte profissionalmente"


Sobre a preparação para PyeongChang, Isadora vai abdicar da cerimônia de abertura para se focar nos treinamentos, já que ela só estreará nos jogos no dia 21 de fevereiro:  "Em Sochi, eu estive na abertura e foi a situação mais maravilhosa que aconteceu na minha vida. Mas fiquei por lá quase três semanas e só tinha 45 minutos para treinar meus dois programas por dia. O gelo era muito restrito e dividido para todas as categorias da patinação. Assim, ficava o resto do dia sem treinar muito." Explica Isadora que permanecerá treinando na Floyd Hall Arena, em New Jersey, até o momento sua viagem para PyeongChang no dia 16.


Isadora também revelou que não fará alterações na sua rotina de treinamentos nessa fase final para os jogos de inverno e nem nos seus programas curto e longo: "Eles são bons, têm bons elementos e me sinto segura executando-os. Também seria muito arriscado mudar os programas agora – afinal, é temporada olímpica,né?"


O apoio da família é muito importante nesse momento para o atleta e no caso de Isadora, seu pai estará presente para torcer pela filha: " Estou muito feliz porque meu pai vai estar lá torcendo por mim. Mas eu adoraria que a minha família inteira estivesse lá, mas a minha irmã Sophia estará no meio das provas no colégio, além do custo da viagem ser muito caro. Mas tenho a certeza de que sentirei as boas vibrações dela e de minha mãe comigo". lamentou.


Ao final da entrevista, Isadora contou sobre suas expectativas e agradeceu todo o apoio recebido dos fãs - Ela é a atleta brasileira de inverno mais seguida nas redes sociais:"Eu quero muito poder executar bem os meus dois programas (curto e longo). Quero chegar em PyeongChang forte e segura para fazer duas boas apresentações. A patinação artística no gelo encantou o Brasil, pois eu recebo muitas mensagens nas redes sociais de todo o Brasil, de norte a sul. Então eu quero que os brasileiros me assistam, torçam e tenham orgulho de mim. " concluiu.

foto: CBDG

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