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| Foto: Divulgação/Sou do Esportes |
A Sou do Esporte anunciou nesta semana um projeto pioneiro que vai calcular o PIB do esporte brasileiro. Serão oito meses de um extenso estudo que contemplará, pela primeira vez, a cadeia produtiva do esporte, o investimento do poder público no esporte, o impacto do esporte no consumo e outras variantes que irão surgir ao longo da pesquisa, e que terá a EY como parceira estratégica na metodologia de análise deste cálculo dada a sua incontestável expertise no setor esportivo, tanto no Brasil como no exterior.
O objetivo é analisar, pela primeira vez no país, o impacto econômico do ecossistema do esporte, visando criar um conteúdo rico que sirva como base para o investimento do esporte pela iniciativa privada a médio e longo prazo, bem como trazer informações para potencializar as políticas públicas do setor.
“Queremos mostrar o protagonismo econômico do esporte e corroborar como este segmento é importante para o país, dando um norte a todos que investem no esporte para fazê-lo de forma mais clara e perene”, afirma Fabiana Bentes, presidente da Sou do Esporte, que complementa: “o nível de informações que temos hoje não convence nem o poder público, nem a inciativa privada de que o investimento sustentável no esporte é muito mais efetivo que apenas em épocas de eventos, por exemplo. Vemos as estruturas do esporte pelo país precárias, as escolas deficitárias em oferecer o esporte para crianças e jovens e as empresas criando estratégias momentâneas sem criar um ciclo de investimento sustentável no esporte”.
O consumo impulsionado pelo esporte brasileiro movimenta bilhões de reais na economia do país, mas não há um estudo que possa medir esses números de forma mais aprofundada, detalhada e constante, que garanta a tomada de decisão qualificada das empresas no investimento esportivo. Outros setores, como a Cultura e as Indústrias Criativas, contam com estimativas similares, tendo alcançado a participação de 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020, e 2,63% na média entre os anos de 2012 e 2020, de acordo com estudo do Itaú Cultural.
“A ideia do projeto surgiu durante a pandemia de Covid-19, quando percebi que o setor do esporte tinha uma séria deficiência de informação e não conseguiu reunir argumentos para defender o segmento na relevância econômica que ele tem. Ou seja, existe uma debilidade no setor esportivo de se unir para ter visibilidade e para mobilizar o poder público. Com esse argumento, a Sou do Esporte convidou entidades esportivas em nível nacional como o Comitê Olímpico do Brasil, o Comitê Brasileiro de Clubes, Comitê Brasileiro Paralímpico de Clubes, a Liga Nacional de Basquete, a Comissão do Desporto Militar do Brasil e a Fenaclubes, bem como o velejador Lars Grael, que aceitou o convite de embaixador do projeto, para montar um board que norteia todos os passos desde o início deste projeto”, destaca Fabiana.
“Todo investimento de empresas privadas e do poder público no esporte retorna em termos de consumo, turismo, saúde, educação, geração de emprego e segurança pública, sendo uma valiosa ferramenta de crescimento econômico desenvolvimento social para o país. Além disso, recentemente foi criado o Plano Nacional do Desporto mas que não observa de forma clara como o recurso chegará para o desenvolvimento do esporte no país, por isso este projeto é tão importante para o esporte e para o país”, reforça Lars Grael, medalhista olímpico e embaixador do projeto.
Agora, com o PIB do esporte brasileiro, a Sou do Esporte pretende responder questões como qual o nível de retorno dos esportes ao mercado e as marcas patrocinadoras, quais regiões que são mais alinhadas às estratégias de marca e quais impactos sociais, como vagas de empregos, impostos gerados que esse setor, de fato, gera ou até mesmo deixa de gerar sem investimento, como a tecnologia influencia na evolução deste impacto econômico entre outras vertentes. O projeto irá consolidar as informações sobre os esportes de maior representatividade econômica para o país além do futebol, e que serão apresentados no primeiro relatório do projeto, contemplando modalidades olímpicas, paralímpicas, e-Sports, esportes não olímpicos e desporto militar.
Paulo Ganime, ex-Deputado Federal que viabilizou a proposta por meio de emenda parlamentar que destinou a verba para o projeto, celebra o feito: “É visível o esporte como força econômica para o país, na minha atuação como deputado, vi nesta iniciativa um projeto estruturante para o esporte, uma ferramenta de impulsionamento social, de inclusão e de geração de negócios, emprego e turismo. O esporte é um negócio, gera lucratividade, e é um dos principais instrumentos para mudar a vida de muita gente”.
Desenvolvido e liderado pela Sou do Esporte, o projeto PIB do esporte brasileiro foi alocado dentro do Ministério de Ciência e Tecnologia, setor onde são feitas pesquisas similares no país, e tem como parceiros institucionais o Comitê Olímpico do Brasil, o Comitê Paralímpico Brasileiro, a Comissão Desportiva Militar do Brasil, o Comitê Brasileiro de Clubes, a Fenaclubes e a Liga Nacional de Basquete, todas entidades fundamentais para o desenvolvimento do projeto.
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