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Seleção Brasileira de natação paralímpica tem cinco recordistas mundiais no Mundial

Carol Santiago sorri após finalizar prova no CT Paralímpico; pernambucana é dona de três recordes mundiais
Foto: Alessandra Cabral/CPB


A seleção brasileira de natação paralímpica que disputará o Mundial de Manchester, Inglaterra, de 31 de julho a 6 de agosto, terá 29 atletas, dos quais cinco (17,2%) são atuais detentores de recordes mundiais: Carol Santiago, da classe S12, baixa visão; Gabriel Araújo (S2, comprometimento físico-motor); Gabriel Bandeira (S14, deficiência intelectual); Samuel Oliveira (S5,comprometimento físico-motor) e Talisson Glock (S6, comprometimento físico-motor). Ao todo, os cinco brasileiros são donos de nove melhores marcas do planeta. No entanto, apenas três dessas provas estrão no programa do evento em Manchester: 50m livre da classe S12, 100m borboleta e 200m medley da classe S14. Veja mais abaixo.

Além dos 50m livre, a pernambucana Carol Santiago, 37, é recordista mundial nos 50m borboleta e 50m peito. "Ser uma das melhores atletas do mundo, pegando como base os recordes, é uma coisa que me anima muito. Mas tenho consciência de que ser recordista mundial não me traz benefício nenhum numa competição desta. O Mundial vai ser um torneio extremamente forte. Todos os nadadores estarão muito preparados. Eu tenho consciência disso. Eu sei que as provas vão ser difíceis. Todos querem ganhar. É a principal competição do ano para nós. Não há como ter alguém despreparado em Manchester", disse a pernambucana, maior medalhista do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, com cinco pódios (três ouros, uma prata e um bronze), e terceira melhor atleta de todo o Mundial da Ilha da Madeira, Portugal, realizado em junho do ano passado.

Em 2023, Carol vai disputar oito provas no Mundial de Manchester: dois revezamentos mistos 49 pontos (4x100m livre e 4x100 medley), 100m peito, 100m borboleta, 50m e 100m livre, 100m costas e 200m medley. Ela não competiu apenas na última em Portugal.

Dos brasileiros recordistas mundiais que estarão na Inglaterra, Gabriel Araújo foi o último a estabelecer uma melhor marca do planeta. No dia 22 de junho, durante o Campeonato Brasileiro de natação paralímpica, realizado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, o mineiro nadou os 50m borboleta em 52s96 e superou o seu próprio recorde, que, até então, era de 53s80, registrados no World Series de Sheffield, Inglaterra, em março.

“A marca alcançada nos 50m borboleta mostra minha evolução. É a recompensa pelo meu trabalho diário, mesmo que não seja uma prova presente nas principais competições internacionais. Espero representar bem o Brasil no Mundial e conto com a torcida de todos”, disse Gabriel Araújo, 21, que tem focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas. Esse foi o oitavo recorde mundial quebrado pelo mineiro na piscina do CT Paralímpico. No total, desde 2016, ano de inauguração do espaço, foram 13 melhores marcas mundiais estabelecidas em provas de natação no Centro de Treinamento Paralímpico. Ou seja, Gabriel é detentor de mais da metade dos recordes da modalidade registrados no local.

Mais novo na lista dos recordistas e de toda a delegação brasileira que estará em Manchester, Samuel de Oliveira quebrou um recorde mundial que durava há dez anos e pertencia a Daniel Dias, dono de 27 medalhas paralímpicas. No dia 19 de março deste ano, o paulista de 17 anos fez os 100m borboleta em 1min16s44 no World Series de Sheffield, Inglaterra. Antes, a melhor marca histórica da prova era de 1min17s79, tempo feito por Daniel, em Berlim, na Alemanha, em 2013.

A Seleção Brasileira será representada por 29 atletas de 10 estados (CE, MG, PA, PE, PR, RJ, RN, RS, SC e SP), sendo que são 15 mulheres (51, 7%) e 14 homens (48,3%). A composição da delegação brasileira foi feita com base nos 21 nadadores que atingiram índices estipulados pelo CPB em duas seletivas: o Open Internacional de natação e a 1ª Fase Nacional do Circuito da modalidade. Ambas as competições foram realizadas no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, neste ano. Além disso, outros oito nadadores foram convocados pelo Índice Mínimo de Qualificação (MQS, na sigla em inglês) do Mundial e por terem as melhores marcas para revezamentos.

A média de idade é de 28,2 anos. O nadador mais novo é o paulista Samuel de Oliveira, com 17 anos, nascido no dia 28 de agosto de 2005, e a representante mais velha é a gaúcha Susana Schnarndorf, 55, que nasceu no dia 12 de outubro de 1967.

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