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FIG explica realocação de vagas para ginástica se pan-americano não acontecer e Thaís Fidelis levaria vaga



A Federação Internacional de Ginástica (FIG) lançou nesta sexta-feira a versão atualizada para o sistema de classificação olímpico na Ginástica Artística, Rítmica e de Trampolim. Enquanto nada significativo foi alterado, a notícia e documento são fundamentais para esclarecer dúvidas a respeito do que acontecerá em caso de eventuais cancelamentos de campeonatos que decidirão as vagas restantes. Se o Pan-Americano de Ginástica, que deverá acontecer no Brasil for cancelado, Thais Fidelis ficará com uma das vagas restantes para o continente e Rebecca Andrade ficará de fora dos Jogos Olímpicos de Tóquio.


Na Ginástica Artística, a série de Copa do Mundos de Individual Geral foi oficialmente cancelada. Disputada apenas por ginastas de equipes classificadas, era uma das chances de atletas destes países conseguirem uma vaga extra (a quinta) para seu país. Essas vagas foram realocadas de acordo com o Mundial de 2019, e Japão, China e Rússia garantiram uma vaga extra no masculino, enquanto China, EUA e Rússia garantiram uma vaga extra no feminino.


A série de Copas do Mundo por aparelhos está confirmada pois já foram disputado o mínimo de sete etapas. A oitava e última que definirá os classificados acontecerá em Doha, Catar, entre 10 e 13 de março, mas os ginastas brasileiros não têm mais chances de levar vaga por essa competição. 


A última chance do Brasil levar um ginasta extra no masculino e feminino é pelo Pan-Americano de Ginástica que servirá de pré-olímpico e que está marcado para acontecer no Brasil, em data e local a serem confirmados. 


Enquanto todos os ginastas do continente poderão participar, aqueles já garantidos nos Jogos Olímpicos não estão na disputa de vagas. No feminino, isso inclui a delegação completa dos Estados Unidos, que já terão equipe completa + 2 atletas extras, as principais estrelas canadenses que se classificaram por equipes e Flávia Saraiva, garantida pelo mundial. No masculino, inclui as equipes brasileiras e norte-americanas que garantiram a vaga para suas nações no mundial, - Arthur Nory, Arthur Zanetti, Caio Souza, Chico Barreto Jr. e Lucas Bittencourt pelo Brasil- mas atletas brasileiros que não estavam na campanha, como o jovem Diogo Soares seguem elegíveis.


Mas e o que acontece se o pan-americano de ginástica for cancelado, como essas vagas serão realocadas? Rebeca Andrade, nossa principal esperança para a primeira medalha na ginástica feminina na história terá outra chance? A resposta simples é: não.  Mas Thaís Fidélis, de 19 anos,  terá uma das vagas para a competição. 


Essas duas vagas por gênero serão realocadas a partir do mundial, mas excluindo as equipes já classificadas (EUA e Canadá no feminino, EUA e Brasil no masculino) para os atletas que ainda não estão classificados e de forma nominal, ou seja, é o atleta e não a federação que ganha a vaga. A explicação está no último subitem “Vagas individuais pelos Campeonatos Continentais” item F. Realocação de Vagas não usadas, na página 8:


Se os Campeonatos Continentais não acontecerem até o dia 29 de junho de 2021, as vagas não utilizadas dos respectivos continentes serão realocadas nominalmente para o atleta do Individual Geral do mesmo continente com o maior ranking e ainda elegível baseado nos resultados da Etapa Classificatória do Mundial de 2019 de um Comitê Olímpico Nacional (CON, NOC no inglês) sem uma equipe classificada, respeitando o limite de um atleta por CON.

Foto: Reprodução de documento da FIG disponível aqui 



Daí indo aos resultados do Mundial de 2019, em Stuttgart,  excluindo as seleções norte-americanas e canadenses no feminino, e as atletas já classificadas (Flávia Saraiva, do Brasil, Martina Dominici, da Argentina, Alexa Moreno, do México; Danusia Francis, da Jamaica e Marcia Vidiaux, de Cuba), as vagas iriam para Abigail Magistrati e para a brasileira Thais Fidelis, de acordo com a classificação abaixo (lembrando que cada país só pode levar uma vaga pela classificação continental).


1- Abigail Magistrati (ARG), 36ª

2-  Thais Fidelis (BRA), 46ª

3- Anapaula Gutierrez (MEX), 58ª

4- Agustina Pisos (ARG), 62ª

ThaisFFidelis5- Ana Lago (MEX), 74ª

6- Leticia Costa (BRA), 80ª


No masculino, o Brasil fica impossibilitado de levar um quinto ginasta a Tóquio. Sem ginastas norte-americanos, brasileiros na disputa, além daqueles já classificados pelo mundial (Manrique Larduet, de Cuba, Daniel Corral, de México e René Cournoyer, do Canadá), o Chile e a Argentina ganhariam suas primeiras vagas na competição, de acordo com a classificação dos seguintes atletas elegíveis no Mundial de 2019:


1- Tomas Gonzalez (CHI), 55º

2- Santiago Mayol (ARG), 60º

3- Cory Paterson (CAN), 62º

4- Audrys Nin Reyes (DOM), 66º

5- Isaac Nunez (MEX), 67º

6- Andres Martinez Moreno (COL), 68º


Foto: Confederação Brasileira de Ginástica

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