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CBE cancela a temporada 2020 da esgrima no Brasil


A Confederação Brasileira de Esgrima (CBE) confirmou, na quarta-feira (30), o cancelamento de todo o calendário nacional de 2020. A medida foi tomada após consulta ao Conselho Técnico e à comunidade, cuja maioria expressiva ainda se mostra receosa quanto ao retorno. De acordo com pesquisa realizada entre os dias 25 e 28 de setembro, apenas 30% dos atletas teriam a certeza de participação no Campeonato Brasileiro.

Na consulta, a CBE buscou informações sobre o comportamento dos atletas e treinadores durante a pandemia e o momento atual. Do universo de 192 participantes, 41% não tinham confiança de que não seriam contaminados em um eventual retorno e 40% não pretendiam se arriscar. Um ponto importante é o fato de que um terço da comunidade não treinou durante a pandemia e quase metade não está treinando nas salas de esgrima atualmente, o que demonstraria uma precipitação no retorno.

“Havia um esforço para a realização de dois eventos em novembro e um em dezembro. Mas, antes, precisávamos entender qual era o posicionamento da comunidade e do Conselho. E temos um retrato fiel do momento, embora já existissem outras consultas anteriores. Há um recado bem claro de que precisamos aguardar o momento certo e assim a CBE vai agir”, afirma o vice-presidente Arno Schneider.

Protocolo
A CBE chegou a publicar o Protocolo de Retomada das Competições, que poderá ser utilizado em caso de realização dos torneios nacionais no início do próximo ano. Como ainda há incerteza sobre a disponibilidade de uma vacina contra a Covid-19 e sua aplicação em massa, esse documento seguirá sendo alimentado e aprimorado nos próximos meses.

O documento teve orientação de Jacyr Pasternak, médico infectologista convidado pela CBE. Foi montado um comitê, com representantes da CBE, da Comissão de Atletas, dos técnicos, federações e clubes, que recebeu o Protocolo para análise das informações e possíveis considerações.

Entre as principais diretrizes, há a restrição do número de pessoas presentes ao ginásio, inclusive com limitação de tempo para a permanência dos próprios atletas; a proibição de público; o cumprimento de uma série de normas de higienização dos equipamentos; a mudança de protocolos de disputa, como o cumprimento dos atletas; a proibição de aglomeração para fotos; entre diversos outros aspectos.



A esgrima é considerada pelas análises de classificação de risco feitas por especialistas como um esporte de risco 1, ou seja, esportes sem contato direto e com menor probabilidade de transmissão do vírus, desde que respeitadas as regras de distanciamento e higienização presentes em protocolos médicos.

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