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Primeiro atleta profissional de basquete 3x3 no país, Leandro Discreto sonha com os Jogos de Tóquio


Não faltam histórias inspiradoras no esporte olímpico nacional. Leandro Souza de Lima, o Leandro Discreto, é mais um exemplo de atleta brasileiro que precisou batalhar muito para vencer na carreira. Integrante da seleção de basquete 3x3 que se preparava para disputar o Pré-olímpico da modalidade, na Índia, antes da pandemia da COVID-19, o jogador de 36 anos nasceu e foi criado na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, e só começou a dar seus primeiros arremessos na adolescência.

Apesar do início tardio na modalidade, e vindo de uma cultura de jogar basquete em quadras públicas, Discreto sempre mostrou muita técnica e habilidade. E foi graças a esse talento que ele recebeu a primeira chance em um clube aos 19 anos, o Flamengo, que à época tinha em seu elenco Oscar Schmidt, Olivinha e Miguel Ângelo da Luz no comando técnico.

“Foi uma passagem rápida, porque cheguei tarde ao clube e não tinha todo o conhecimento para defender um time de elite como aquele”, explicou o atleta, que depois ainda passou pelos outros três grandes clubes cariocas – Vasco, Fluminense e Botafogo – antes de migrar de vez para o basquete 3x3. “A bagagem que adquiri no 3x3 foi jogando e treinando em parques públicos. Foi lá que desenvolvi as habilidades que hoje me deram a chance de compor a seleção brasileira, conhecer muitos países e ser contratado por clubes da Suíça, Japão e Índia”.

Em live no Instagram do Time Brasil, Leandro Discreto explicou que foi o primeiro atleta do país a se profissionalizar na modalidade. Isso ocorreu após ele receber um convite de uma equipe em Yokohama, que o viu em ação competindo pelo São Paulo DC, principal time brasileiro de basquete 3x3.

Com experiência de sobra, Discreto foi um dos seis convocados no início do ano pelo técnico Douglas Lorite para a fase de treinamentos que definiria a seleção no Pré-olímpico da Índia. Assim como o restante do elenco, ele lamentou o adiamento do torneio que poderia levar a equipe brasileira aos Jogos de Tóquio, ainda mais por estarem treinando bem no Rio de Janeiro.

“Agora estamos aguardando as novas datas do Pré-olímpico, mas vínhamos fazendo um trabalho muito forte e intenso. O Exército liberou o EsEFEx na Urca (Zona Sul do Rio de Janeiro), que tem a estrutura ideal para fazermos nossa preparação”, disse Discreto, que não esconde de ninguém que sonha disputar os Jogos Olímpicos na estreia da modalidade no programa do evento: “Acho que é o sonho de todos nós.”

Ainda sem nova data definida o Pré-olímpico Mundial distribuirá três das oito vagas previstas para o torneio masculino em Tóquio 2020.

Foto: Arquivo Pessoal

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