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Com piscinas fechadas, nadadora Ana Marcela Cunha usa aparelho para "nadar" no seco


Em tempos de limitações nas condições de treino por causa das restrições de contato social para evitar a disseminação do novo coronavírus, a adaptação tem sido fundamental para os atletas. Com vaga garantida para a próxima edição dos Jogos Olímpicos, em Tóquio, no ano que vem, a maratonista aquática Ana Marcela Cunha não tem poupado esforços para se manter em alto nível apesar da quarentena. 

Com a proibição do uso de piscinas imposta pelas autoridades brasileiras, a atleta do Time Ajinomoto está "nadando" no seco. Isso graças a um equipamento ergonômico no qual é possível simular a movimentação e o esforço feito pela nadadora na piscina. "A Ana não usa apenas equipamentos de ginástica como medicine ball, querobel e elásticos de todas as tensões. Solicitamos e conseguimos do COB (Comitê Olímpico do Brasil) um VASA, equipamento que coloca o atleta na horizontal, mesmo sentido em que ele aplica a força na água. Esse aparelho tem adaptações de elásticos e cada intensidade gera uma tração. Você consegue fazer séries por tempo, com número de repetições, com mais intensidade de potência, de resistência...", explica Fernando Possenti, técnico de Ana Marcela. "A maioria dos esportes é no meio terrestre e na vertical, o nosso é no líquido e na horizontal, é complicado treinar fora d'água. O que fizemos foi nos cercarmos do maior número possível de aparelhos que ela pudesse ter em casa", acrescenta. 

Possenti acha que o adiamento dos Jogos foi inevitável e que os reflexos disso sobre os atletas ainda não estão completamente definidos. "Vai afetar cada um de maneira diferente, tem relação com a especificidade do esporte, com a idade do atleta. A questão para avaliar isso não é presente, é futura: quanto tempo mais isso vai durar? O impacto é proporcional ao tempo que ficarmos nessa situação. Mas conhecendo a Ana, vendo como ela está reagindo, se cuidando, cuidando da nutrição, como ela, mesmo sem nadar, tem cuidado do peso fazendo todos os exercícios que o preparador físico passa e mais um pouco, acho que ela vai se manter bem", ressalta. 

Ana Marcela também está confiante. "Neste período de pandemia estou conseguindo me exercitar diariamente. Não vejo a hora de voltar aos treinos regulares e poder me preparar melhor para competir em nível mundial, até porque a FINA já reagendou algumas provas do Circuito Mundial 2020 para o segundo semestre e quero ir com tudo para brigar por mais um título", diz a maratonista aquática dona de 11 medalhas mundiais (cinco de ouro, duas de prata e quatro de bronze). 

A retomada das competições internacionais ainda está indefinida. Se tudo der certo no controle da pandemia no mundo, o primeiro evento previsto no calendário da Fina (Federação Internacional de Natação) atualmente é o Mundial Junior de Águas Abertas, de 22 a 24 de agosto, em Seychelles, arquipélago na costa da África.

Foto: Divulgação/Ajinomoto do Brasil

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