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Medalhista olímpico é expulso do Comitê Húngaro após escândalo sexual


Zsolt Borka, ouro no cavalo com alças em Seul 1988, foi expulso do Comitê Olímpico Húngaro (MOB) após a divulgação de um vídeo onde o ex-atleta de 54 anos brincava com prostituas e bebidas alcoólicas em um iate na costa leste da Croácia, no Mar Adriático. A polêmica veio dias antes das eleições locais da Hungria.

Em sua defesa, o húngaro afirmou inicialmente que estava sendo vítima de uma campanha de difamação para expulsá-lo do cargo como prefeito da cidade de Győr, mas, posteriormente, admitiu ser ele mesmo no vídeo. Logo após as eleições, o medalhista deixou o cargo de membro da Fidesz, um dos principais partidos da Hungria e que sofreu forte revés no último período eleitoral graças ao escândalo.

No campo esportivo, Borkai foi presidente do MOB entre 2010, antes de ser derrotado nas eleições pelo medalhista de prata (Barcelona 1992 e Atenas 2004) na esgrima, Krisztián Kulcsár. O ex-ginasta continuou servindo no MOB, no entanto, como delegado da Federação Húngara de Ginástica (MATSZ).

Tanto o MATSZ quanto o MOB declararam não apoiar Borkai nesse assunto. Após o anúncio do MATSZ, o MOB afirmou que "nenhuma outra ação disciplinar ou ética deve ocorrer neste assunto, e o caso deve ser considerado encerrado". Entretanto, parece improvável que este seja o fim do caso.

Ainda na esfera política, Ádám Steinmetz, membro da equipe húngara de pólo aquático que ganhou a medalha de ouro olímpica em Atenas 2004 e que agora faz parte do Fidesz, pediu a Viktor Orbán, primeiro-ministro húngaro, que retire de Borkai a pensão mensal mensal de € 1000 (R$ 4450,00) concedida a ele como premiação de sua vitória em Seul 1988.

Orbán alegou que tal medida era uma questão para o MOB decidir e que pode ser retirada pelo Parlamento apenas em caso de crimes. Steinmetz agora planeja apresentar uma emenda ao projeto de lei para que, no futuro, o MOB possa decidir sobre tais casos. Enquanto isso, Borkai, que continua como prefeito de Gyor, não é visto em público há semanas.

Foto Attila Kisbenedek/AFP

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