Mais uma polêmica em torno do ciclista americano Lance Armstrong. Dessa vez, longe dos traçados das pistas e dos laboratórios anti-doping, mas nas páginas do novo livro de Sir Bradley Wiggins de título "Ícones" que celebra as suas influências do mundo do ciclismo.
Wiggins afirma estar ciente de que incluir o nome do ciclista, famoso no mundo inteiro não só por suas façanhas múltiplas no Tour de France, mas sobretudo pelos escândalos de doping, não seria nada popular. O autor afirma que possui uma relação com Armstrong que ele simplesmente não pode negar que existe e por tal motivo o incluiu em um rol de 21 personalidades de peso durante a sua vida de ciclista.
A atitude de Wiggins foi criticada pela Times e pelo Daily Mail as quais afirmaram, respectivamente, que a inclusão de Armstrong "espantou o mundo do ciclismo" e que Wiggins estaria "elogiando o fraudador de drogas Armstrong". O autor se defende alegando que não faz apologia a nenhum tipo de trapaça ao incluir o ciclista americano em seu livro. Para ele a personalidade e resiliência de Armstrong faz dele um ícone do ciclismo apesar do escândalo.
Em "Ícones", Wiggins cita que Henry Desgrange criou do Tour de France tendo em mente "o vencedor perfeito". O autor afirma que Desgrange queria "um tipo de super-atleta que não só derrotaria seus oponentes, mas também tudo o que a natureza pudesse causar a ele." Armstrong se encaixa perfeitamente nesse papel, pois derrotou seus oponentes depois de vencer o câncer.
Foto: Getty Images
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