O Comitê Olímpico Internacional (COI) está atento na
organização e no legado dos Jogos de Pyeongchang e teme que o evento deixe vários
elefantes brancos espalhados pela cidade, tendo pouca utilização para a
população local e para o esporte. Nesta quinta-feira o COI advertiu os
organizadores das Olimpíadas de PyeongChang que eles correm o risco de terem
criado ginásios e instalações que após as Olimpíadas não terão muita
utilização.
A constatação foi feita após o final de uma inspeção
completa em todos os locais de disputa. Através de um relatório divulgado para
a imprensa, o COI prevê uma Olimpíadas bem sucedida em solo sul-coreano mas que
as questões dos ginásios e do legado olímpico precisam ser discutidas. "O
uso definitivo do legado para vários locais ainda é excelente. O COI voltou a
solicitar que os planos finais sejam apresentados como prioridade", disse
o COI através do comunicado.
O temor de se criar elefantes brancos aumentou ainda mais
após os Jogos Olímpico do Rio de Janeiro. Ainda hoje a cidade possui ginásios em
que não está totalmente definido quem deve gerir o mesmo, além de poucas
competições e do aparente abandono da maioria das instalações do Parque Olímpico.
O legado do Rio de Janeiro ainda não foi entregue um ano depois dos Jogos. O
COI teme um cenário parecido para PyeongChang, apesar de afirmar que todos os
legados foram identificados na oferta e que diferentes opções também foram
apresentadas ao longo dos últimos sete anos.
Outras questões também assolam o comitê organizador, como a
baixa procura por ingressos, tanto no exterior quanto no mercado interno, e a
tensão envolvendo a vizinha Coreia do Norte com seus testes de mísseis e armas
nucleares cada vez mais frequente. Para resolver a questão dos ingressos
algumas medidas já vêm sendo adotadas, como uma promoção de baixo custo para
residentes na Coreia do Sul. Sobre a questão da Coreia do Norte, o painel do
COI não mencionou o clima de tensão cada vez mais pesado na região, com ameaças
de bombas e testes com mísseis. Questionado, o presidente do COI, Thomas Bach
minimizou os temores de interrupção.
Recentemente a Coreia do Sul também passou por momento
complicados, como a corrupção política no país e que culminou com o impeachment
presidencial. Agora os Jogos Olímpicos servirão também para promover o país e
levantar a alto-estima da população local. "Queremos fazer destes os
melhores Jogos de Inverno da história e mostrar a Coréia ao mundo como líder
mundial em esportes e como o novo centro para esportes de inverno na
Ásia", disse Lee Hee-Beom, presidente do comitê organizador dos jogos de
2018.
Foto: NordicFocus
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