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Coluna Buzzer Beater - Uma tragédia mais do que anunciada

Dia 13 de agosto já pode ser considerado o dia mais negro do basquete brasileiro. Se há um ano atrás, o basquete masculino dava adeus a Rio 2016 após uma derrota dolorida para a Argentina. Ontem vimos a seleção feminina não garantir classificação para o mundial ao perder para Porto Rico na  disputa do bronze da Copa América de basquete. Uma seleção fraca, que em um torneio de baixo nível técnico saiu pior do que a encomenda. E o poço ainda pode ser mais fundo, já que a possibilidade de uma não classificação para os Jogos de Tóquio 2020 é real.

Vamos analisar os números desta seleção que foi a Copa América: 60 pontos por jogo(quarto pior no quesito),16% de de 3 pontos( a pior porcentagem do campeonato); 21.2 turnovers (erros) por jogo ( terceira colocada nesse quesito), o que deu para o Brasil o quarto lugar, a pior colocação do pais na história da competição, igualando 2015. Digno de dar pena. uma seleção em que as melhores jogadoras foram Kelly, de 37 anos, Gilmara de 36, e Raphaella 22 anos( Um sopro de esperança). Mas os mesmos vícios, o mesmo basquete engessado de fazer o jogo com as pivôs, arremessos de perímetro horrorosos e as mesmas jogadoras de anos que não tem qualidade de jogar em uma seleção, mas só vão porque não tem ninguém melhor.

Em 2018 a única competição da seleção feminina será o Sul americano que vai classificar cinco para a Copa América de 2019, que servirá de pré olímpico.O mínimo que a CBB deverá fazer e iniciar a reestruturação da seleção, uma das exigências da FIBA, já que o basquete feminino foi totalmente abandonado nos últimos 10 anos e agora, ela terá tempo ( e esperamos que tenha dinheiro) para isso.  início urgente plano sério de fortalecimento das jogadoras na base, agradecer a todas veteranas pelos serviços prestados e levar uma seleção jovem para esse torneio é o principal. Do grupo atual, só vejo Rapahaella ( O único aleto desse time, pois jogou muito bem) Letícia, Isabela Nicoletti e Isabela Ramona como nomes para o futuro dessa seleção, outros nomes, ou são muito experientes ou são fraquíssimas. Jogadora com um aproveitamento de 18% nos arremessos não merece estar na seleção.

A seleção feminina, com jovens jogadoras, vai apanhar bastante no início, pode até perder a vaga da olimpíada de 2020, mas tem que ser feito um processo para 2024. E massificar a prática do basquete na base é fundamental, pois duvido que hoje tenham mil meninas na base jogando basquete, em TODO o Brasil. clínicas para jogadoras com técnicos estrangeiros, inclusive um para assumir a seleção seria ótimo para renovar as ideias do atrasado basquete feminino, muitos campeonatos de base, muita ênfase nos fundamentos, só assim vamos poder voltar a um dia sonhar em sermos competitivos de novo.

A nova diretoria não tem culpa neste fracasso recente, mas tem a total obrigação de reerguer o basquete feminino. É vergonhoso ver uma seleção que foi campeã mundial e dona de duas medalhas olímpicas em menos de 20 anos dar vexame atrás de vexame de uns anos para cá e se tornar uma das seleções médias do fraco continente americano. A situação tem que ser revertida, se precisar deixar de lado o masculino, que deixe. É prioridade total o renascimento do basquete feminino, pois neste exato momento, com poucas equipes e jogadoras, ele está morto.



foto: FIBA/Divulgação

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