O Comitê Paralímpico Brasileiro tem novo
diretor técnico. O responsável por um das áreas mais importantes do CPB
será Alberto Martins da Costa. Ele substitui Edilson Alves da Rocha, o
Tubiba, que ocupou o cargo durante os ciclos paralímpicos para os Jogos
de Londres-2012 e Rio-2016. Segundo o presidente do CPB, Mizael Conrado,
a escolha foi baseada no histórico de Alberto e no conhecimento acerca
do movimento paralímpico.
"Alberto é
uma pessoa muito capaz, foi chefe de missão do Brasil em três Jogos
Paralímpicos (Sydney-2000, Atenas-2004 e Pequim-2008), foi diretor
técnico da IBSA [Federação Internacional de Esportes para Cegos], é
muito respeitado no meio acadêmico. Nossa expectativa é muito positiva e
entendemos que ele fará um grande trabalho e nos conduzirá a uma bela
campanha em Tóquio", afirma Mizael.
Com
a responsabilidade de conduzir o esporte paralímpico brasileiro de alto
rendimento por mais um ciclo, Alberto Martins reconhece que existem
muitos desafios na nova função, mas acredita que será necessário seguir
com o trabalho já feito até o momento e pensar no futuro, com renovação
de atletas.
"O grande desafio que
nós temos é buscar melhorar a performance que nós adquirimos nos dois
últimos ciclos. Ou seja, é dar continuidade ao trabalho na busca da
melhor performance. Outro ponto importante é a renovação, uma ênfase na
base para que possamos dar ao esporte de alto rendimento o crescimento
necessário. Então, temos que estar muito voltados para o esporte
escolar, de base, para que não soframos a partir de 2024 uma falta de
continuidade", diz Alberto.
Antes de
assumir o cargo de diretor técnico, Martins exercia a função de
coordenador da Academia Paralímpica Brasileira, órgão do CPB ligado à
educação, habilitação de profissionais no esporte paralímpico e pesquisa
científica. Por essa ligação com o meio acadêmico, o novo diretor quer
deixar o esporte ainda mais próximo da ciência.
"O
que queremos fazer é provocar os pesquisadores, cientistas das
universidades para que possam se aproximar mais do esporte paralímpico.
E, ao mesmo tempo, que nossos técnicos se aproximem da academia, para
que possamos, em uma linguagem única, trazer esse crescimento para o
esporte", acrescenta.
A experiência
de Alberto não se limita ao meio acadêmico. Desde 1982 trabalhando com
esporte para pessoas com deficiência, o diretor técnico já chefiou
delegações do Brasil em importantes competições paralímpicas, como
Campeonatos Mundiais, Jogos Parapan-Americanos e também nos Jogos
Paralímpicos. A proximidade com atletas e técnicos, segundo ele, será
essencial para o seu trabalho.
"Já
dizia a alguns técnicos para não estranharem se me virem à beira da
piscina ou na pista assistindo aos treinos. Estou lá porque é lá que eu
aprendo, que vejo as necessidades. Então é conversando no dia a dia com
os técnicos e os atletas que a gente entende essa demanda real", conclui
Alberto.
Foto: CPB
0 Comentários