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Foto: Divulgação |
Nas primeiras pedaladas, aos 6 anos de idade, Priscilla Carnaval não
imaginava que chegaria ao auge no próximo mês de agosto, no Parque
Radical de Deodoro, quando aos 22 anos vai encarar a prova mais radical
do ciclismo em Jogos Olímpicos. A bicampeã brasileira de BMX trabalha
fortemente para representar o país no evento e, quem sabe, servir de
exemplo para próximas gerações do esporte.
Priscilla faz parte do seleto grupo de 16 atletas que disputarão as
corridas de BMX feminino nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. “Estou muito
contente por ser a minha primeira participação em Jogos. São 15 anos
dedicados ao BMX. As outras edições olímpicas assisti pela televisão, em
casa. Agora, chegou a minha vez e estou muito feliz em poder dedicar ao
máximo e ser exemplo para as próximas gerações”, conta a atleta,
Até garantir um lugar no quarto na Vila Olímpica, Priscilla gastou
muitas milhas em viagens internacionais para treinar e competir.
Disputou os principais eventos do calendário mundial, como etapas da
Copa do Mundo, Campeonatos Mundiais e provas do circuito europeu.
O que a paulista de Sorocaba mais considerou para a sua evolução foram
os dois períodos em que andou com as melhores atletas do mundo na
Califórnia, nos Estados Unidos – berço do BMX. Foram dois meses em 2014 e
um mês em 2015, no Complexo de Chula Vista.
“Foi uma experiência muito boa. Tive a oportunidade de treinar com as
melhores atletas do mundo, além de ter a experiência de andar na pista
que é replica da que vamos disputar nas Olimpíadas do Rio 2016”, diz.
Com dificuldade de encontrar outras mulheres para treinar em sua
cidade, Priscilla espera repetir a experiência em Chula Vista, onde
poderá treinar com australianas, canadenses e neozelandesas.
“Quero repetir agora em julho a experiência durante a fase de
treinamento pré-olímpico. Um mês antes pretendo intensificar os treinos
com as melhores meninas que irei enfrentar nas Olimpíadas. Infelizmente,
não há oponentes para treinar aqui em Sorocaba”, revela.
Durante a preparação, a paulista pode contar com o auxílio do
patrocínio governamental. “O Bolsa Pódio me ajudou não só nos
treinamentos, mas no custeio de viagens para competir. O BMX não é um
esporte barato, a bicicleta é cara e no alto rendimento não pode ter
falha na manutenção dos equipamentos. É com o dinheiro que pago também o
meu treinador”, afirma.
“Já penso em 2020. Essa vai ser uma ótima experiência e vou tentar
fazer o meu melhor. Sei que será um aprendizado muito grande, mas já
penso em Tóquio 2020”, ressalta.
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