Foto: CPB |
Mateus Evangelista foi o grande destaque da abertura do Open
Internacional de Atletismo Paralímpico, no Estádio
Olímpico do Rio de Janeiro, o Engenhão. Na quarta-feira, 18, a
promessa conquistou a medalha de ouro nos 100m da classe T37 (atletas
com paralisia cerebral). A competição serve de evento-teste para os
Jogos Rio-2016.
Esta foi a primeira competição de Mateus pela
Seleção desde a grave lesão que sofreu em setembro do ano passado. Na
véspera do Mundial de Doha, o jovem de 22 anos fraturou o fêmur
esquerdo. Após longo processo de recuperação
no centro de referência
da modalidade, em São Caetano do Sul, o atleta enfim retornou às
pistas. E com vitória: cravou o tempo de 11s73 nos 100m- a quarta melhor
marca do mundo nesta temporada.
“É um prazer estar de volta após
nove meses. Minha equipe fez o melhor para que eu estivesse aqui. Nunca
questionei se estaria ou não de volta. Sofri a lesão e, no mesmo dia,
liguei para o fisioterapeuta para avisar que queria trabalhar na minha
recuperação. Ainda não fiz o meu melhor, mas vou fazer bonito nos Jogos
Paralímpicos”, disse Mateus.
O atleta ainda disputou o salto em
distância, prova da qual já foi recordista mundial. Ele ficou com a
terceira posição, com a marca de 5,66m. Vladislav Barinov e Gocha
Khugaev, ambos da Rússia, ficaram nas primeiras colocações, com 5,79m e
5,76m, respectivamente.
Outro destaque do dia ficou por conta de
Alessandro Silva. Ele venceu o lançamento de disco F11 (cegos totais) e
foi além: quebrou o recorde das Américas da prova, com 43,16m. A antiga
marca pertencia ao argentino Sebastian Baldassarri (40,43m). A
performance o coloca no topo do ranking mundial da temporada.
Outra
performance de destaque ficou por conta de Lorena Spoladore. A
velocista da classe T11 se classificou às finais dos 100m com o melhor
tempo, superando até mesmo a campeã paralímpica Terezinha Guilhermina. A
atleta registrou 12s24 – melhor marca da sua carreira. Este é o segundo
melhor tempo do mundo em 2016, atrás apenas da chinesa Guohua Zhou, que
fez 12s18 no Grand Prix de Pequim, em abril.
“Claro que a gente
fica sempre satisfeito de poder dar o seu melhor, mas já estou pensando
na final de amanhã (quinta-feira) para baixar ainda mais este tempo.
Poder competir com a Terezinha é uma honra, já que ela é uma grande
atleta e também pessoa”, afirmou Lorena.
O Open Internacional continua na quinta-feira, a partir das
16h. A programação prevê a final dos 100m (T11) tanto feminino quanto
feminino, além da decisão dos 100m na classe T44 (amputados de perna),
com a presença do campeão paralímpico e recordista mundial Alan
Fonteles. Petrucio Ferreira e Yohansson Nascimento duelarão nesta
quinta, também na prova mais rápida do atletismo, na classe T47
(amputados de braço).
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