O caminho da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) rumo aos
Jogos Olímpicos do Rio 2016 tem neste ano dois focos principais, segundo
Antônio Carlos Gomes, superintendente de Alto Rendimento: “Vamos
trabalhar para que o Brasil, primeiro, some o maior número possível de
finalistas no Mundial de Pequim [que será disputado entre os dias 22 e
30 de agosto]; segundo, para chegar a medalha.”
Será pelos resultados no Mundial deste ano pré-olímpico que a CBAt terá
referência para os Jogos do Rio. “Por isso, vamos a Pequim com uma
delegação que deverá ser a maior da nossa história em Mundiais, em torno
de 45, 48 atletas”, diz o superintendente. “E, então, teremos uma ideia
melhor de como o atletismo brasileiro poderá se sair nos Jogos do Rio.”
As apostas da CBAt são basicamente nos revezamentos – 4x100m e 4x400m,
femininos e masculinos – e ainda em algumas modalidades individuais em
que os brasileiros têm chance de disputar medalha.
Mauro Vinícius da Silva, o Duda, é citado por Antônio Carlos entre os
atletas mais próximos de subir ao pódio do Mundial de Pequim: aos 28
anos, é bicampeão mundial de salto em distância em pista coberta (em
Istambul, na Turquia, em 2012, e em Sopot, na Polônia, em 2014, com os
mesmos 8,28m). Também é o caso da experiente Fabiana Murer, do salto com
vara.
Mas o superintendente ainda observa que, eventualmente, podem surgir
outros na briga por medalha no Mundial, como Darlan Romani, 24 anos
(1,88m, 140kg), do arremesso do peso, que tem 20,90m como melhor marca
pessoal (sexta melhor do mundo até agora, na temporada). “Em Londres
2012, o bronze olímpico foi conquistado com 21,23m. Com mais 15,20
centímetros, passando dos 21m, o Darlan entra na zona de disputa de
medalha”, explica. “Estamos próximos com ele também.”
Antônio Carlos Gomes destaca ainda os maratonistas. “Sempre contamos
com possibilidades na prova. Mas vamos esperar clarear um pouco.” O
“clarear” para o Mundial, segundo o dirigente, serão os Jogos
Pan-Americanos de Toronto (16 a 27 de julho). “Vamos com delegação
completa - cerca de 80 atletas, praticamente de todas as provas. Também
deverá ser nossa maior delegação, e então teremos uma referência para o
momento do atletismo no Brasil”, diz Antônio Carlos.
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