A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) vem desenvolvendo um critério
técnico para a convocação olímpica nas areias. A condição de país-sede
das Olimpíadas de 2016 dá ao Brasil a garantia de ser representado por
uma dupla no torneio masculino e outra no feminino. Mas poderá também
assegurar outras duas. Todas serão indicadas pela entidade.
De acordo o ex-jogador Franco, supervisor do vôlei de praia, a ideia é
que o modelo preserve a fidelização da dupla na segunda metade do ciclo.
- Estamos desenvolvendo um modelo de convocação e, como não há clubes no
vôlei de praia, a diferença de desenvolvimento da modalidade é muito grande. Depois de 25
anos, estamos tendo pela primeira vez um Mundial sub-17. A gente está
criando um critério que possa ser baseado no Circuito Mundial e vamos
valorizar a competição nacional também. Temos um circuito considerado o
mais forte do mundo, onde pagam os melhores prêmios e nada mais justo com nossos parceiros do que
valorizar mais ainda a competição. O critério vai ser baseado no ranking mundial e no Circuito Brasileiro - disse Franco.
Segundo
a regra da Federação Internacional (Fivb), até junho de 2016 as duplas
que estarão na corrida por vagas deverão participar de 12 etapas do
Circuito Mundial que contarão pontos para a qualificação do país.
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É lógico que se tivermos uma dupla que está liderando e jogando com as
principais duplas que estarão no Rio, vamos indicá-la. A melhor dupla
do Circuito estará lá e a segunda nós vamos definir o critério técnico
baseado na
meritocracia. Vamos colocar pela primeira vez, com transparência como é o
modelo de gestão da presidência, passando a
regra do jogo para os atletas. Queremos oportunizar a todos a mesma
chance. Inclusive para aqueles
atletas que há dois anos atrás, quando foi criado um novo modelo, não
foram convocados e tinham pontos no Circuito Mundial. Foram
prejudicados, é
uma forma de minimizar esse prejuízo que foi irreparável. Queremos que a
modalidade ressurja e ganhe de novo a visibilidade que precisa.
Para isso, a entidade vê a necessidade da diminuição do troca-troca de parceiros, o que "dificulta a fidelização dos times".
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A gente vai colocar um critério baseado nessa dificuldade que todos,
público e mídia, tinham. Hoje nas próprias duplas tops as trocas
acontecem a qualquer momento. Isso é uma evolução
do mundo. É justificável porque, seja na quadra ou na vida, você está
sempre atrás do parceiro ideal. É uma tendência. E com esse novo
formato, só vai contar pontuação para jogar as Olimpíadas
as duplas que tiverem os pontos da parceria. Se por acaso no meio da
temporada se
separarem, a pontuação vai zerar. A gente entende que no histórico de
modalidade, todos que ganharam medalha foram equipe. Não aquela coisa de
vamos juntar aqui porque você é individualmente bom, ele também e pode
dar um time bom. Falou-se muito se perdemos tempo na preparação, mas
dois anos é o tempo ideal. Vamos tentar participar da festa e não fazer
festa só festa para os
outros em 2016.
Foto: FIVB
Fonte: Globoesporte.com
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