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Coluna Surto Mundo Afora #24

Por Bruno Guedes
Semana passada começou a contagem regressiva de dois anos até as Olimpíadas de Tóquio. O Surto lançou um Guia Completo com todas as modalidades e o que cada um precisa para estar no Estádio Olímpico de Tóquio quando a pira for acesa. Oficialmente, só após a chama ardendo é que teremos o começo das competições, mas não é bem assim. Já começaram os Jogos Olímpicos.

Para chegar até a Cerimônia de Abertura uma longa jornada já foi trilhada. E ela passa pelas qualificações às modalidades disputadas em julho de 2020. Ou seja, ainda que faltem mais de 700 dias até isso acontecer, para os atletas já estamos nas Olimpíadas.

Nos esportes coletivos, os pré-olímpicos já são, muitas das vezes, competições a nível mundial ou continental, como casos do futebol, basquete, hóquei, handebol e outros. O que garante não só um nível considerável de competitividade, como é um aquecimento para o público acompanhar os grandes nomes esportivos de cada modalidade em destaque.

Já nos individuais, é ainda maior a trilha. Além da luta constante por patrocinadores, são os resultados que ditam a aparição desse investimento. Mas são as diversas competições que vão formando o quadro para as qualificações, criando assim uma "mini Olimpíadas" a cada evento.

No atletismo, por exemplo, calcula-se uma média com as maiores pontuações de cada atleta dos últimos doze a dezoito meses para posicionar cada participante no ranking. Ou seja, a cada hora que um atleta está na pista, já está competindo para os Jogos Olímpicos nos próximos meses.

No ano que vem acontecem os Jogos Panamericano de Lima, no Peru. Tradicionalmente, diversos esportes também distribuem vagas no evento, como o tênis assumiu essa posição agora. E muitas comissões técnicas utilizam os Pans, seja de qual continente forem, como preparativos ou seleções para um ano depois, já em solo olímpico.

Caso parecido aconteceu no último dia 28 de julho, com a nadadora americana Kathleen Baker, medalhista de prata na Rio 2016. Uma das maiores promessas dos Estados Unidos para Tóquio, Baker bateu o recorde mundial de 100m costas no Campeonato de Natação em Irvine, Califórnia. A competição serve de seletiva para o Pan Pacífico, que será realizado em Tóquio, no final de agosto. São nessas competições que grandes estrelas começaram a ganhar destaque
em edições anteriores, como Katie Ledecky e Michael Phelps.

Por isso, aproveite. As Olimpíadas não começam daqui a dois anos. Elas já estão começando. E o amante do esporte pode aproveitar cada modalidade bem antes da chama entrar no Estádio Olímpico.

Copa do Mundo Feminina Hóquei na Grama

Não sentindo o peso do favoritismo, a Holanda atropelou suas adversárias na primeira fase da Copa do Mundo Feminina Hóquei na Grama. Ao todo foram 26 gols marcados e apenas 2 sofridos (7 a 0 contra a Coreia, 7 a 1 contra a China e 12 a 1 contra a Itália), média de 1 a cada 7 minutos, colocando-a como a melhor campanha com sobras. Não chegam a ser surpreendentes os resultados, porém a força com que a nova geração assumiu a postura de protagonista sim.

Ainda que tenham grandes jogadoras remanescentes, como Kitty van Male, Welten, Eva de Goede, van Geffen entre outras, o time parece bem mais ofensivo e decisivo que em outras competições. Levando-se em conta que ainda está se solidificando após dois anos do trabalho da treinadora Alyson Annan, já pinta como grande candidata ao ouro para Tóquio 2020.

Já as Leonas argentinas e as campeãs olímpicas inglesas decepcionaram. Uma das favoritas, a Argentina não conseguiu a vaga direta no Grupo C após ser derrotada pela ótima seleção alemã. Isso após aplicar 6 a 2 sobre a Espanha e animar os fãs da bolinha sobre a grama. Como fim de festa, ainda empatou com a irregular África do Sul, jogando fora de vez o primeiro lugar.

A redenção veio na vitória sobre a forte Nova Zelândia, pelos playoffs, por 2 a 0. Mas ainda assim, as campeãs em 2002 e 2010 não inspiram confiança até o momento.

As inglesas fizeram pior. Com dois jogos onde oscilaram, empataram em 1 a 1 com a Índia e os Estados Unidos, consideradas segundas forças da modalidade atualmente. Por fim, venceu a Irlanda mas era tarde, já que as irlandesas ganharam seus jogos anteriores e garantido a vaga direta. Bateram a Coreia do Sul com boa apresentação, mas ainda bem abaixo dos ótimos jogos feitos nos últimos anos.

Entre as esperanças para surpresas, Nova Zelândia e EUA deixaram a desejar. As duas seleções pareciam crescer, mas não corresponderam às expectativas.
Foto: AP
 

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