Vice-campeão olímpico de vôlei em Los Angeles 1984, Bernard Rajzman deixou de ser funcionário do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Ele ocupava o cargo de diretor de relações institucionais e foi o chefe da missão brasileira nas Olimpíadas de Londres 2012 e Rio 2016, mas foi demitido na segunda-feira. O desligamento faz parte do processo de reformulação da governança comandado pelo presidente Paulo Wanderley Teixeira, que assumiu a liderança da entidade em outubro, depois da prisão de Carlos Arthur Nuzman. Bernard continua como membro do Comitê Olímpico Internacional (COI).
"Foi uma decisão do Paulo, mas entendo. É um sistema presidencialista. Ele tem todo o direito. É um processo de reformulação que estava previsto. Vou continuar contribuindo para o Movimento Olímpico. Espero que o esporte olímpico brasileiro consiga dar uma volta por cima" disse Bernard, em entrevista ao site globoesporte.com
O cargo de Bernard, que ficou famoso por criar o saque Jornada nas Estrelas e membro do Hall da Fama do vôlei, está vago. Ele não é o primeiro funcionário desligado desde que Paulo Wanderley Teixeira iniciou o processo de reformulação da governança. O corte de mais de 20 funcionários vai gerar uma economia de mais de R$ 5 milhões por ano no orçamento do COB. É uma readequação diante da crise na entidade. Destacam-se entre os demitidos Sérgio Lobo (secretário geral), Agberto Guimarães (diretor executivo de esportes) e o general Augusto Heleno (diretor do Instituto Olímpico e do departamento de comunicação e educação corporativa).
Por manter o cargo de membro do COI, Bernard vai continuar frequentando as assembleias do COB com direito a voto. Ele inclusive vai participar da Assembleia Geral Extraordinária desta quarta-feira, na sede do COB, no Rio de Janeiro, onde vai ser votada uma mudança no estatuto da entidade para dar maior participação aos atletas nas decisões, ponto de polêmica na última semana.
Foto: Felipe Fittipaldi/ Veja
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