Mesmo sem saber ao certo se poderá disputar as próximas
Olimpíadas de Inverno devido ao escândalo do sistema de doping implantado no
esporte local e com o apoio do governo, a Rússia revelou os uniformes que seus
atletas e comissão técnica poderão usar em PyeongChang 2018.
Os kits foram produzidos pela ZA Sport, empresa com sede em
Moscou e que a partir dos próximos Jogos passará a ser a responsável pelos equipamentos
olímpicos russos. O contrato entre o Comitê Olímpico Russo (ROC) e a empresa é
de oito anos e foi assinado pela entidade com o presidente da empresa em março,
Ansatasia Zadorina. O acordo acabou com uma parceria de 14 anos entre a ROC e a
Bosco.
"Uma das ideias que a equipe ZA Sport realizou com
sucesso, é ter repensado as tradições esportivas da Rússia. A coleção inclui
uniformes de treino azuis clássicos, que são familiares a todos desde a
infância. Eles são feitos de materiais modernos de alta tecnologia",
afirmou o ROC durante o lançamento do kit.
Quando assinou o acordo com a ZA Sports, no início deste
ano, o presidente do ROC, Alexander Zhukov, afirmou que o fabricante produziria
um kit para levar em conta todos os requisitos dos atletas do país. Ele
acrescentou que o novo fornecedor "desempenharia um papel importante na
promoção do Movimento Olímpico e na criação de uma imagem positiva do esporte
russo". O ROC e o ZA Sport também revelaram a linha casual, que inclui uma
camisa com o slogan "I Don’t do Doping", algo como “Eu não uso doping”.
O lançamento do uniforme acontece em um momento em que a participação
do país no evento está em risco. No mês de dezembro o Comitê Olímpico
Internacional (COI) decidirá durante uma reunião em Lausanne, na Suíça, se o
país estará liberado ou não para enviar atletas sob a sua bandeira. O COI
deverá seguir a conclusão das investigações das Comissões Schmid e Oswald,
implantadas pelo COI.
As investigações têm examinado casos de doping e adulteração
de amostras por atletas russos nos Jogos Olímpicos realizados na cidade russa
de Sochi, em 2014. Os casos vieram a tona pela primeira vez como resultado de
uma investigação independente a pedido da WADA em julho de 2016, através de um relatório
que ficou conhecido como McLaren.
Foto: Olympic Russia
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