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Coreia do Norte diz que empresas estrangeiras impõem sanções ao país na compra de equipamentos para seus atletas

As sanções econômicas impostas à Coreia do Norte pelos Estados Unidos começaram a impactar no esporte do país asiático.  Os norte-coreanos fizeram um protesto para três federações internacionais alegando empresas se negaram a vender equipamentos esportivos para o treinamento de seus atletas. O caso foi revelado pela Reuters na quinta-feira.

As cartas foram fornecidas por um diplomata norte-coreano em Genebra e são datadas do dia 30 de agosto. O diplomata disse que “os materiais esportivos não podem ajudar a construir mísseis”. O objetivo das cartas é buscar por apoio internacional para a compra de tais materiais esportivos. Eles foram dirigidos à Federação Internacional de Esqui (FIS) e à Federação Internacional de Tiro com Arco, ambos com sede na Suíça, e à Federação Internacional de Esportes de Tiro (ISSF), com sede em Munique, na Alemanha.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas, por unanimidade, impôs nove rodadas de sanções à República Popular Democrática da Coréia (RPDC) desde 2006 pelos seus programas de armas nucleares. Recentemente novas sanções foram impostas em retaliação aos constantes testes com mísseis balísticos realizados pelos norte-coreanos. O presidente Donald Trump disse na quinta-feira que os Estados Unidos adicionarão ainda mais sanções contra a Coréia do Norte.

Uma das cartas foi assinada pela Associação de Esqui da Coreia do Norte e cita três fabricantes austríacos de equipamentos de esqui que rejeitaram ou não responderam aos pedidos de compra feitos pela associação do país asiático. "Esta associação enviou várias intenções de compra para mais de 20 empresas de produção de equipamentos de esqui e agências de vendas, incluindo Atomik (Atomic), Blizzard, Fischer, em junho e julho e fez seu esforço para comprar os equipamentos. Mas infelizmente, essas empresas de equipamentos de esqui e agentes de vendas rejeitaram ou não responderam ao nosso pedido", afirmou um trecho da carta.

A carta foi assinada por Ri Hak Chol, presidente da Associação de Esqui do país e também foi enviada para o Comitê Olímpico Internacional (COI) em Lausanne. Em outra parte dela Chol culpou as "manobras sufocantes vindas dos EUA” por não conseguirem comprar os equipamentos. Com a carta a Coreia do Norte busca "cooperação positiva" da FIS "para permitir que esta associação compre os equipamentos de esqui necessários em conformidade com os ideais olímpicos e sua missão de promover esportes de esqui em todo o mundo".

Já a carta enviada pela Associação de Tiro com Arco da Coréia do Norte disse que contatou três empresas de equipamentos de tiro com arco, inclusive em Lancaster, uma aparente referência a um fornecedor dos EUA com sede na Pensilvânia. Os contatos foram feitos para comprar equipamentos aprovados pela Federação Internacional de Tiro com Arco para uso nos Jogos Asiáticos de 2018, que se realizam na Indonésia e também para outras competições internacionais. "No entanto, sob a pressão dos Estados Unidos, eles continuam mantendo-se mudos (silenciosos)", afirmou a carta. Ainda culpando os Estados Unidos, a federação do esporte norte-coreano disse que tais obstáculos eram "equivalentes a um ato incivilizado de retornar à Era das Trevas".

A Associação de Tiro da Coreia do Norte afirmou em sua carta que havia escrito para seis empresas, incluindo a Pardini, uma fabricante italiana de armas de fogo, na tentativa de comprar equipamentos para seus atletas que disputarão os Jogos Asiáticos, mas também não obtiveram respostas.


A carta adverte que se as organizações internacionais dos esportes fecharem os olhos a tal comportamento, "eles deixarão uma marca vergonhosa na história mundial dos esportes".

Foto: AFP/Getty Images


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