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Velódromo recebe abraço simbólico e autoridades divergem sobre seguro do local

Para comemorar um ano do início da Olimpíada do Rio, o Parque Olímpico foi aberto para uma série de atividades no último sábado(5). Na Arena Carioca 1, autoridades discursaram e defenderam o legado dos Jogos. Na Arena 3, crianças praticaram atividades físicas. Só não era possível entrar no velódromo, fechado desde o incêndio que atingiu o teto no último fim de semana. Do lado de fora, ciclistas e voluntários da Olimpíada se uniram para um abraço simbólico à instalação. Já Prefeitura e Ministério do Esporte seguem divergindo quanto à existência do seguro.

Após falhar na busca por uma empresa que assumisse a gestão das Arenas Cariocas 1 e 2, do velódromo e do Centro de Tênis, a Prefeitura passou a concessão das instalações para o Ministério do Esporte. Por sua vez, a pasta criou em março deste ano a Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO), com a missão de promover o legado das instalações e repassa-las para a iniciativa privada. Com o incêndio, a falta de harmonia entre os dois poderes ficou ainda mais exposta.

"As arenas administradas pelo município têm seguro. Nas administradas pelo Ministério do Esporte, nesse caso, houve um lapso. Mas já está sendo corrigido" disse o prefeito do Rio, Marcelo Crivella.

Presidente da AGLO, Paulo Márcio Mello ainda não sabe quem vai bancar a obra de reparo do teto. Também é preciso confirmar se há ou não seguro. Ele alega que a autarquia assumiu as arenas depois do contrato de cessão da Prefeitura para o Ministério do Esporte. "Não temos definido como isso vai ocorrer. Se há um seguro vamos acionar. Isso está em fase de avaliação com o Ministério do Esporte e a Prefeitura para ver se vamos contratar através de uma licitação emergencial agora para fechar temporariamente ou depois, definitivamente. Não sabemos se há seguro porque a AGLO foi criada em março de 2017, e portanto não participamos desse contrato de cessão existente entre Ministério do Esporte e Prefeitura. Essa discussão não pode ser confirmada pela AGLO" disse Mello.

Sobre o estado da pista, o ministro do Esporte Leonardo Picciani confirmou o resultado da perícia da Polícia Civil, que encontrou a armação do balão que teria causado o incêndio no teto." A pista já teve a sua primeira manutenção. Importante dizer que a pista não foi queimada. A sujeira era decorrente da água e da fuligem. O incêndio só atingiu o teto, não atingiu a parte elétrica ou o ar-condicionado. A pista foi limpa pela Comlurb seguindo a orientação do arquiteto-projetista e já está coberta e protegida do contato com a água e o sol. Nos próximos dias a AGLO fará a contratação emergencial da cobertura para que ele possa ser reaberto" disse.

Diretor de pista da Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro, Rodrigo Babo lamenta que o acidente tenha interrompido os treinos e escolinhas que acontecem três vezes por semana. Por conta dessa atividade ele não aceita que o velódromo seja chamado de "elefante branco" pela mídia. "Estamos utilizando o velódromo desde maio interruptamente por muitos atletas. Esse acidente vai atrasar um pouco a continuidade do nosso treinamento. É um centro esportivo de excelência. Único do Brasil e da América Latina. Para o nosso próximo ciclo olímpico ter sucesso é preciso treinar desde agora" disse Babo.

O velódromo foi aberto em maio com o campeonato estadual, e em outubro está previsto o campeonato brasileiro de elite. A primeira competição internacional programada até agora é o Pan-americano de masters de 2020.



foto: Leonardo Filipo/Globoesporte.com

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