A Seleção Masculina de Handebol chega aos Jogos Olímpicos do Rio de
Janeiro com uma equipe experiente e ao mesmo tempo renovada, com as
ganas de uma estreante. Mesmo com atletas de grande experiência
internacional, com participações em Mundiais e Jogos Pan-Americanos,
apenas um deles já teve passagem por uma Olimpíada. O goleiro Maik
Santos, de 35 anos, representou o País em Pequim-2008, e tem a missão de
'abrir o caminho das pedras' para os outros 13 integrantes da equipe,
que pretende surpreender e garantir o melhor resultado do Brasil até
hoje na história da competição.
O time masculino vem conquistando cada vez mais reconhecimento.
Isso se deve a resultados bastante expressivos contra equipes
consideradas potências da modalidade. Hoje é possível ver jogos
equilibrados, de alto nível e com placares favoráveis para os
brasileiros diante de adversários até mesmo tidos como favoritos. E, não
é para menos. A cada ano, o Brasil conta com mais atletas em clubes
disputando os principais campeonatos da Europa - maior celeiro do
handebol -, como a Liga dos Campeões e os nacionais de países como
Hungria, Polônia, França, Dinamarca, Noruega e Espanha. Porém, mesmo com
todo esse histórico, a experiência de estar em uma Olimpíada é nova
para a maioria absoluta e isso, ao contrário do que muitos podem pensar,
não é visto como um problema pelo grupo e sim como um incentivo.
Maik, de 35 anos, esteve em Pequim e em três campeonatos
Mundiais, além de vários outros Pan-Americanos e Sul-Americanos. Com
tantos anos de experiência, ele é sempre uma voz importante para o
grupo, mas demonstra também o entusiasmo de um menino para a maior
competição do ciclo, ainda mais dentro do próprio País. "Para mim é uma
satisfação e um orgulho novamente poder representar a Seleção
Brasileira. Espero corresponder à altura e ajudar a equipe a conquistar
um bom resultado", frisou. O defensor sabe que já ter participado de
outra edição dos Jogos pode fazer a diferença quando se trata de
ansiedade, mas acredita que todo o grupo irá 'tirar de letra', pois tem
muitos jogos internacionais no currículo. "Os jovens estreantes dessa
Olimpíada já estão jogando internacionalmente, em clubes da Europa e com
a própria Seleção, e conseguiram muita bagagem. Isso tem nos ajudado
bastante. Eles têm um potencial altíssimo dentro do handebol, com
possibilidade de ainda mais crescimento futuro", apontou.
O goleiro mostra também total confiança no trabalho feito pelo
grupo comandado pelo espanhol Jordi Ribera, que retornou à Seleção em
2012, após ter sido técnico do Brasil no ciclo de 2004 a 2008. "Vejo um
momento muito importante nosso, após toda a preparação que fizemos.
Estamos conseguindo fazer jogos equilibrados, muito diferente do que
acontecia antes. Demos o máximo nessa preparação para evoluir e chegar
no topo nessa competição. Esse é o pensamento dessa nova geração, que se
tornou um grupo muito coeso e muito confiante de que pode conquistar um
ótimo resultado na Olimpíada."
O experiente jogador garante que fará o possível para contribuir
com toda a equipe nessa jornada, que tem início no dia 7 contra a
Polônia. "Tento contribuir com a minha experiência, principalmente
dentro da Vila Olímpica, que é um lugar com muitas atrações e às vezes
faz os atletas perderem um pouco o foco. Eu sempre tento ajudar nessa
questão. Mas, estão todos sempre muito focados e comprometidos em dar o
máximo. Acho que sendo o mais velho, posso passar um pouco de confiança
dentro de quadra e mostrar pra eles que é sempre possível e que eles
devem acreditar no potencial do nosso trabalho. Estamos muito confiantes
e esperamos fazer um belo trabalho nesses Jogos Olímpicos."
No masculino, o Brasil faz parte do grupo B, que conta também com Eslovênia, Suécia, Alemanha e Egito.
Foto: Divulgação
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