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Joia do vôlei de praia brasileira, Duda chega a maioridade com curriculo cheio de conquistas

O Brasil é conhecido com uma das grandes potências do voleibol de praia. Ao longo das últimas três décadas a modalidade se desenvolveu e cresceu e virou modalidade olímpica, mas uma coisa não mudou: o pavilhão nacional verde, amarelo, azul e branco continuou a aparecer no topo. E foi no meio dessa evolução que, em um sábado de 1998, no último dia 01 de agosto para ser mais preciso, que uma menina nasceu para se tornar uma verdadeira joia do esporte brasileiro.

Eduarda Santos Lisboa, a Duda, veio ao mundo em Aracaju, já com o vôlei de praia no sangue, filha de Cida, uma atleta que na época rodava o Circuito Brasileiro. Hoje, ao completar 18 anos, a jovem sergipana já é dona de um currículo de fazer inveja a muitas veteranas. O último título veio um dia antes da menina chegar à maioridade. No último domingo (31.07), ela, ao lado de Victória, conquistou o ouro no Mundial Sub-19 de Vôlei de Praia, em Lanarca, no Chipre, terceiro de Duda na categoria.

A conquista do tricampeonato no Sub-19 é apenas mais um louro na vasta coleção de medalhas da jovem atleta, que não pode mais ser tratada como apenas uma promessa do vôlei de praia, e já figura entre os principais nomes deste esporte no Brasil. Tudo começou quando a menina ainda era quase do tamanho da bola e nem sonhava chegar tão longe e tão rápido no meio das jogadoras profissionais. Ainda infante, Duda frequentava as quadras do Circuito Brasileiro para acompanhar a mãe e, quando dava, brincava com a bola.

A brincadeira começou a ficar séria aos 12 anos quando disputou uma etapa do Circuito Estadual Banco do Brasil e ficou na quinta posição. Daí em diante a ascensão foi meteórica. Em 2013 disputou os Mundiais Sub-19, Sub-21 e Sub-23, quando conquistou o primeiro ouro Sub-19 e a prata no Sub-23. No ano seguinte foi campeã dos Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim, na China, ao lado de Ana Patrícia.

Em 2015 Duda firmou parceria com a capixaba Elize Maia e em pouco tempo a dupla despontou entre as principais do Brasil. E foi ao lado de Elize que os títulos mais expressivos como profissional vieram. Elas derrotaram Larissa/Talita na final em Goiânia, terceira Etapa do Circuito Brasileiro 15/16, e chegaram ao primeiro título desta categoria para ambas as atletas. No Circuito Mundial o ouro veio também em terras brasileiras. Depois de um bronze (Praga) e uma prata (Puerto Vallarta), Duda e Elize foram campeãs nos Opens de Maceió e de Fortaleza, colocando o nome de vez entre os principais times do mundo.

Apesar dos títulos e da maturidade em quadra no meio profissional, Duda ainda desfruta do direito de jogar os torneios de base, que formam os valores do futuro da modalidade, e, em 2016, as conquistas seguiram por esta seara. Em pouco mais de dois meses a jovem sergipana ficou no topo do pódio no Mundial Sub-21 (na Suíça com Ana Patrícia) e no Sub-19 (no Chipre com Victoria).

Os próximos passos já estão traçados. De olho no desenvolvimento e sonhando com o futuro nem tão distante em Tóquio 2020, Duda e Ana Patrícia estarão no grupo de 20 jovens que participarão do projeto do Comitê Olímpico do Brasil (COB) de Vivência Olímpica na Rio 2016, que serve de ambientação para os novos talentos do esporte brasileiro à realidade dos Jogos. Eles visitarão os locais de competição, terão convivência na Vila dos Atletas e participarão de treinamentos do Time Brasil.


E é com esta soma de futuro promissor e passado recente recheado de glórias que Eduarda, ou melhor, Duda, comemora os 18 anos. No momento que a maioria dos jovens estão em transição da adolescência para a vida adulta, a sergipana, multicampeã no vôlei de praia, dá passos largos para eternizar o nome no rol de heróis do esporte nacional.

Foto: FIVB


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