Foto: Getty Images |
Enquanto atletas do mundo todo se preparam para derrubar recordes nos
Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, uma revolução tecnológica
acontece nos bastidores para ajudar em suas performances e na
experiência visual dos espectadores.
Entre as novidades que serão utilizadas estão contadores
subaquáticos, alvos eletrônicos, sistemas de GPS em canoas e até
realidade virtual.
Vôlei e Vôlei de Praia
O sistema de challenge (desafio), quando um time contesta a
decisão do árbitro, estreia no Rio 2016 com cerca de 10 câmeras
instaladas em quadra e na rede para tirar dúvidas da arbitragem e também
do público. O objetivo é analisar bola dentro ou fora da quadra, toque
no bloqueio, invasão de quadra, saque e invasão da linha de três. As
cenas da jogada em questão são exibidas no telão para os espectadores.
“O sistema deu um upgrade na arbitragem”, diz Cristiana Figueira,
gerente de competição do voleibol no Comitê Rio 2016, que destaca também
a dose extra de emoção dos torcedores. "O público fica desesperado
esperando. Tem vaia, tem aplauso...".
Nas mesmas modalidades, o que antes era escrito à mão agora é
digital, com a ajuda de tablets. A súmula eletrônica do jogo reúne
informações como pontuação, cartão amarelo e pedidos de tempo, tudo
disponibilizado automaticamente na internet.
Natação
Um contador eletrônico é instalado debaixo d’água na raia de cada
nadador para registrar o número de voltas nas provas longas de 800m nado
livre e 1.500m nado livre. O equipamento da Omega também exibe as
parciais de cada volta. O atleta pode optar pelo desligamento no momento
da prova. “Desobriga o atleta a pensar sobre onde ele está para poder
focar mais na perfomance”, diz Eduardo Gayotto, gerente de competição de
natação.
O sistema foi usado pela primeira vez no Campeonato Mundial de Kazan, em 2015, e testado no Troféu Maria Lenk, evento-teste do Rio 2016. O contador, que tem cerca de 30cm por 20cm, fica próximo da virada dos dois lados da piscina, a cerca de 10 metros da borda. “Assim que ele vira já vê quantos metros percorreu”, afirma Gayotto.
O sistema foi usado pela primeira vez no Campeonato Mundial de Kazan, em 2015, e testado no Troféu Maria Lenk, evento-teste do Rio 2016. O contador, que tem cerca de 30cm por 20cm, fica próximo da virada dos dois lados da piscina, a cerca de 10 metros da borda. “Assim que ele vira já vê quantos metros percorreu”, afirma Gayotto.
Canoagem Sprint e Remo
Um aparelho de GPS colado nas embarcações das duas modalidades mostra
em tempo real a posição do atleta, sua velocidade e seu deslocamento.
Os dados são transmitidos para o telão, e o público pode acompanhar o
desempenho dos barcos, principalmente a aceleração e a velocidade em
relação aos adversários. O sistema da Omega já foi usado com sucesso
durante evento-teste.
“O atleta não recebe nenhuma informação, nem sobre o que está
acontecendo com ele ou com seus adversários”, explica Sebastián
Cuattrin, gerente de competição da canoagem do Rio 2016. “Para o
espectador, muda a dinâmica completamente porque no telão é possível
enxegar a diferença entre as táticas de um atleta e de outro,
principalmente nos momentos de troca de velocidade.”
Foto: Rio 2016 |
Tiro com Arco
A pontuação deixa de depender apenas do olhar do árbitro e ganha um
sistema eletrônico que dá o resultado imediato na mesa técnica dos
árbitros. O alvo de 1,22m continua sendo o mesmo de papel, mas aplicado
sobre uma estrutura calibrada eletronicamente chamada Falco Eye. A
tecnologia não aparece para o espectador, mas agiliza a competição. “Na
hora que a flecha atinge o alvo, aparece de imediato o resultado na tela
com extrema precisão, o que ajuda na rapidez dos resultados e para
tirar quaisquer dúvidas”, diz Luiz Eduardo Almeida, gerente de
competição da modalidade.
Na "shootoff", quando os atletas empatam e têm mais uma única
tentativa de tiro, caso os dois acertem a mesma faixa de pontuação, o
espectador vê na tela a medição imediata da distância das flechas ao
centro. Através de um gráfico, sabe-se imediatamente o vencedor da
disputa. O público também pode acompanhar o batimento cardíaco do atleta ao vivo.
Tiro Esportivo
O alvo eletrônico, um grande avanço tecnológico adotado desde Pequim
2008, evoluiu e agora faz a leitura e o cálculo do local do impacto do
projétil por meio de um feixe de laser, em substituição ao modelo
anterior por onda sonora. "Agora temos uma precisão milímétrica na
apuração do resultado", diz Ericson Andreatta, gerente de competição.
Outra inovação é na segurança, com um registro em tempo real do
controle de estoque das armas. "Todas as armas são identificadas com
etiquetas de rádio frequência. Ao saírem da reserva de armamento, são
automaticamente identificadas, fotografadas e filmadas para garantir que
estão sendo transportadas por seu dono", explica.
Pentatlo Moderno
Durante o aquecimento para o tiro, os atletas podem ajustar a mira por
meio de um aplicativo que indica a posição exata onde o tiro a laser
atingiu o alvo. A informação é transmitida por meio de wifi para o
celular ou tablet do atleta e do treinador.
Levantamento de Peso
Uma nova câmera traz ângulos inovadores, instalada num trilho em L de 10
metros que segue os movimentos do atleta desde o momento em que ele
pisa na plataforma. “Vamos conseguir ter tomadas do movimento bastante
completas. Normalmente, você tem ou uma tomada de lado ou uma tomada de
frente. Agora, temos todos os ângulos”, diz Eduardo Villanova, gerente
de operações técnicas da modalidade.
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