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Brasil é eliminado pela bicampeã Olímpica França no Handebol masculino

A Seleção Masculina de handebol encerrou, na quarta-feira (17.8), a disputa dos Jogos Olímpicos Rio 2016 ao ser superada pela França, atual bicampeã olímpica, por 27 x 34 (16 x 16 no primeiro tempo). Mesmo eliminada nas quartas de final, a equipe sai com saldo positivo, pois esta foi a primeira vez que o time chegou à etapa eliminatória.

No Rio, o Brasil venceu duas grandes potências: a Polônia, medalha de bronze no último Mundial, e a Alemanha, atual campeã europeia. Além disso, fez jogos equilibrados com Eslovênia e a própria França, que viu hoje a superioridade ameaçada pelo time da casa.

Incentivado pela torcida, o Brasil começou jogando bem na Arena do Futuro e faz uma partida muito equilibrada na primeira etapa. O placar estava gol a gol até que dois erros de passe deixaram os adversários à frente. Com paciência, os anfitriões começaram a trabalhar melhor o ataque, aproveitando-se de defesas importantes do goleiro Maik. O resultado foi um empate na metade do primeiro tempo. A França voltou a subir de rendimento e assumiu a ponta novamente, mas o time da casa estava no jogo, não deixou o ritmo cair e foi buscar a igualdade novamente.

No segundo tempo, a Seleção voltou bem e manteve o equilíbrio nos primeiros minutos, mas a França, variando mais o ataque, passou a dificultar a vida dos brasileiros em quadra. Alguns erros de contra-ataque do lado brasileiro fizeram com que os adversários se distanciassem no placar e, a partir daí, os rivais apenas administraram a vantagem para ganhar o jogo e avançar às semifinais.

Por manter o equilíbrio a maior parte do jogo, os brasileiros saíram de quadra tristes, mas com uma sensação de que fizeram tudo como haviam planejado e ainda de que faltou pouco para fazer ainda mais história.

“Fizemos um primeiro tempo muito bom. No segundo, pecamos em alguns passes e continuidade de bola. Com isso, eles conseguiram abrir. Tivemos que acelerar um pouco o jogo e as bolas não entraram. O goleiro deles no segundo tempo fez a diferença. Demos tudo o que podíamos em quadra. Não estamos felizes por sair daqui perdendo. Infelizmente um ganha e outro perde”, analisou o armador José Guilherme Toledo. 

O central Henrique Teixeira afirmou que a equipe ainda pode dar muitas alegrias ao país. “Foi um passo a mais que demos. Provamos que somos capazes de jogar com os melhores do Mundo. Eu não saio satisfeito com o jogo de hoje. Fizemos um segundo tempo muito abaixo do que somos capazes. Temos mais a dar pela Seleção. Acredito que cansamos um pouco fisicamente. A França é fisicamente a melhor do mundo. Fica o aprendizado que seguimos crescendo e buscando coisas melhores para a Seleção e que futuramente podemos conquistar uma medalha para o Brasil”.

O técnico da equipe, Jordi Ribera, lamentou o cruzamento com os atuais vice-campeões olímpicos nas quartas de final, mas disse que o Brasil soube levar bem a partida. “A França não era a equipe que queríamos para esse jogo. Pensávamos sempre que eles podiam ficar em primeiro do outro grupo, mas acabaram perdendo para a Croácia e cruzamos com eles. Acho que nosso time saiu muito bem em quadra, fizemos 45 minutos muito bons, em especial no primeiro tempo. Fizemos um jogo muito completo na defesa e ataque dentro do que é nosso estilo. No segundo tempo nos faltou mais tranquilidade”, reconheceu.

Jordi também acredita em um futuro muito promissor para o handebol masculino brasileiro, principalmente por ter em mãos um time jovem e com muito tempo de trabalho pela frente. “Temos que nos sentir orgulhosos e sair com a cabeça erguida pelos jogos que fizemos. Em linhas gerais, para nós foi espetacular. Saímos fortalecidos. Mostramos a cara em todos os jogos. Temos uma equipe jovem, que pode chegar tranquilamente a quase duas Olimpíadas. Se hoje foram capazes de fazer o que fizeram aqui, o que não serão capazes de fazer com três ou quatro anos mais?", indagou o treinador espanhol.

Para ele, outro ponto positivo foi jogar dentro de casa, sempre com o apoio da torcida, que apoiou o handebol do início ao fim da participação brasileira. “O público foi sempre um jogador a mais. Fez a diferença em muitos momentos e isso é muito bom”, encerrou Jordi Ribera.

Foto: Getty Images


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