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Campeãs do Mundial de Vôlei feminino Sub-23 chegam ao Brasil


Depois de conquistar o inédito Campeonato Mundial sub-23 de Vôlei feminino na última quarta-feira (19), a seleção brasileira da categoria chegou ao Brasil na quinta-feira (20) e foi recepcionada por fãs e familiares no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Com sorrisos no rosto e carregando as medalhas e os troféus conquistados diante de mais de 7.600 torcedores turcos, a equipe comandada pelo treinador Wagão fez questão de agradecer o apoio recebido ao longo de toda a competição.


O técnico comentou sobre o acerto na preparação para o Mundial Sub-23 e parabenizou as jogadoras pela dedicação e entrega ao trabalho proposto pela comissão técnica.


“A preparação foi intensificada, ficamos em Saquarema direto, e tínhamos uma folga a cada duas semanas para não perdermos muito tempo de trabalho. O grupo passou a ficar mais junto, a gente precisava chegar o mais próximo do ideal sem estressar ninguém, e elas entenderam o objetivo e se dedicaram muito”, afirmou Wagão.

A capitã Rosamaria, que foi eleita a melhor oposta do Mundial, também acredita que a seriedade na preparação fez a diferença.

“Tivemos quatro meses de preparação, e isso foi muito bom. Estava com a seleção adulta, então fizemos alguns amistosos também contra a equipe sub-23, à qual me juntei depois. O time se preparou bem e o resultado veio.”

Outro ponto destacado tanto por Wagão como por Rosamaria foi a aclimatação na Turquia. O técnico lembrou que foi muito importante treinar contra uma equipe forte como a Turquia e no país-sede da competição.

“Fizemos amistosos este ano, mas muito importante foi o Zé Roberto (técnico da seleção adulta) ter conseguido que a gente ficasse uma semana na Turquia para nos aclimatarmos. Foram muito importantes os amistosos contra a Turquia, que é um time fortíssimo, com jogadoras que estão acostumadas a jogar na Champions League, a jogar na seleção principal. Há varias nesta sub-23 que jogam na seleção principal. Por exemplo, a central Kubra, que é excelente.”

Wagão lembrou que, em Istambul, enfrentou a Turquia três vezes: um treino de dois sets, ambos vencidos pelo Brasil; um amistoso com vitória turca por 3 a 1; e outro confronto, este ganho pelo Brasil, por 3 a 2.

”Sabia que durante o campeonato teria que cruzar com elas, até numa possível final, então eu evitei algumas coisas nos amistosos. Estratégias de saque e bloqueio, que deram certo, testei uma ou duas passagens e então segurei. E no primeiro jogo do Mundial eu não pus isso em prática, tivemos uma dificuldade maior por causa disso. Não era um golpe de mestre, mas eu queria surpreender de alguma forma, e jogando lá dentro, com oito mil pessoas incentivando a Turquia, eu tinha de guardar alguma coisa para se esta possibilidade de final acontecesse, e conseguimos neutralizá-las muito na decisão.”

A capitã Rosamaria também exaltou a oportunidade de fazer a aclimatação contra a Turquia e disse que enfrentar o adversário tantas vezes anteriormente deixou a equipe brasileira confiante.

“A diferença do primeiro jogo do Mundial contra a Turquia para a final foi o espírito. No primeiro entramos esperando o jogo acontecer, na final estávamos convictas de que o único resultado que importava era a vitória, olhávamos um no olho da outra e tinha sangue, a gente sabia que ninguém ia levar da gente.”
Wagão destacou ainda o entendimento de toda a equipe da proposta de jogo do Brasil.

“Já havia feito isso ano passado no Sul-Americano, e é praticamente o mesmo grupo, com quatro jogadoras diferentes em relação à equipe que levantou aquele título. Se a gente encaixasse esta maneira de jogar, com velocidade, nesta categoria, nós levaríamos novidade e conseguiríamos dar um passo à frente para o objetivo primeiro, que era chegar entre os quatro.”

A levantadora Juma, que ficou com o título de melhor jogadora do Mundial e foi eleita a melhor de sua posição, também destacou o trabalho de toda a equipe:

“Foi uma experiência incrível, ainda não caiu a ficha. A gente trabalhou muito para chegar onde chegou, e os destaques individuais foram na verdade o coletivo. Foi o grupo que fez com que eu ganhasse esta premiação.”

Foto: CBV

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