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| Foto: Gustavo Alves/CBAt |
No calendário da fundista Nubia de Oliveira Silva (Praia Clube-CEMIG-Exército-Futel-MG) o próximo compromisso importante agendado é a disputa do 44º Troféu Brasil Interclubes Loterias Caixa de Atletismo 2025, que será realizado de 31 de julho a 3 de agosto, em São Paulo. E Núbia vai defender o seu título de campeã brasileira nos 10.000 m obtido em 2024 na mesma pista em que o evento ocorrerá este ano, a do Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro (CTPB).
Nubia vai correr também os 5.000 m no Troféu Brasil pelo seu clube. Gosta das duas provas, mas os 10 mil é sua distância favorita (fez 34:10.24 em 2024, no CTPB). "Agora é me preparar bem para o Troféu Brasil", afirma a corredora, que vive um bom momento, de melhoria de suas marcas.
A fundista baiana, que fechou 2024 como a melhor brasileira, terceira colocada, na 99º edição da São Silvestre (53:24), voltou do Japão feliz, após sua última corrida de rua no dia 3 de maio na área de Meijijungu Gaien, em Tóquio, por ter igualado umas das melhores marcas do Brasil nos 10 km, com 32:37.
Os registros da World Athletics (top list all time) apontam os tempos de Carmem Oliveira (32:03, 4/6/1994) e Cruz Nonata (32:37, 15/5/2011), como os mais rápidos. Mas pesquisas também trazem o registro de uma marca de Roseli Aparecida Machado como uma das mais rápidas do Brasil (32:30, 4/7/1995) - morreu aos 52 anos vítima de Covid (2021).
Nubia está comemorando todas as suas marcas e resultados deste início do ano - 34:06.56 nos 10.000 m, melhor marca pessoal, medalha de ouro e bicampeonato no Sul-Americano de Atletismo de Mar Del Plata, Argentina (27/4/2025), e 32:37 nos 10 km da Tóquio Speed Race (foi 13ª, em 3/5/2025), suas melhores marcas pessoais. Nos 5.000 m tem 16:31.92 como sua melhor marca, da Copa Brasil Loterias Caixa de Meio Fundo e Fundo (2024).
Este ano iniciou com vitória na Corrida Internacional Marco Zero (20/4/2025), em Ji-Paraná, Rondônia, onde fez 35:22 nos 10 km. "Tudo começou com essa prova", ressalta.
"Tem sido uma evolução constante desde o ano passado. E acredito que é apenas o começo, de que sou capaz de muito ainda", acredita Núbia, confiante. No Japão comenta que encontrou "o momento certo, em que diversas circunstâncias favoreceram, como o clima e o nível da prova". "E eu estava preparada. Tudo fez com que viesse o resultado. Eu queria correr para 33. Cruzei e olhei no relógio duas vezes para ver se era mesmo o meu tempo. A prova estava muito forte e eu sabia que era uma oportunidade e minha estratégia foi correr por tempo."
Nubia, de 23 anos, nascida em Campo Formoso, Bahia, treina com Antônio Ferreira Bonfim Filho. Seus resultados e participações em competições internacionais tem sido um exemplo para as crianças e jovens do povoado em que vive, em Jaguarari, onde está a Escola de Atletismo Flamengo (trabalha com a modalidade no sertão baiano).
"Eles me recepcionam quando eu chego, como agora quando voltei do Japão. É uma comunidade pobre e acho que quando veem os resultados eles acreditam que é possível sonhar e que conquistar coisas grandes só depende da nossa vontade, força e dedicação", observa.
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