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Em alta após título de Hugo Calderano, saiba com quais recursos o Tênis de Mesa conta para desenvolver a modalidade

 

Em alta após título de Hugo Calderano, saiba com quais recursos o Tênis de Mesa conta para desenvolver a modalidade
Foto: Divulgação/ITTF


O tênis de mesa está em alta. O título mundial conquistado por Hugo Calderano na Copa do Mundo de tênis de mesa, tornando-o o primeiro atleta não asiático ou europeu a alcançar o topo do pódio em um torneio mundial, garantiu evidência para a modalidade e atraiu os olhares dos fãs. O amparo ao esporte, contudo, vem de longa data e várias frentes como o Governo Federal, algumas entidades e um trabalho sério realizado pelos clubes na base contribuem para o seu desenvolvimento ao longo dos anos.

Um dos incentivos vem da Lei 13.756, mais conhecida como Lei das Loterias, que destina cerca de 1,7% do valor apostado em todas as loterias federais ao Comitê Olímpico do Brasil (COB), responsável por realizar o repasse para as confederações de diversos esportes. No último ciclo olímpico, que teve um período mais curto já que os Jogos Olímpicos de Tóquio foram disputados em 2021, o Tênis de Mesa recebeu R$ 16.765.624,44 entre 2022 e 2024. Para este ano, o primeiro do ciclo para Los Angeles-28, o repasse será de R$ 7.041.225,54.

Mas não para por aí, outros projetos também contribuem para o desenvolvimento da modalidade. É o caso, por exemplo, do Programa de Formação de Atletas do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), que dá suporte e ênfase aos trabalhos realizados nos clubes. 

“Trabalhamos em três frentes proporcionando verbas para competições nacionais, recursos humanos (RH) e aquisição de equipamentos e materiais (MEE). São investimentos importantes que proporcionam o desenvolvimento e a evolução da modalidade refletindo em resultados cada vez melhores mundo afora”, destaca Paulo Maciel, presidente do CBC. 

Entre o ciclo de Paris e o início para o de Los Angeles, o CBC investiu em clubes apenas no Tênis de Mesa R$ 934.454,22 no eixo MEE e mais R$ 1.042.412,83 no eixo RH. Além disso, pagou R$ 1,93 milhões em passagens aéreas desde 2018 para realização do Campeonato Brasileiro Interclubes-CBI.

Natural do Rio de Janeiro, o carioca Hugo Calderano usufruiu desse investimento feito nos clubes durante seu processo de desenvolvimento. Dos 8 aos 14 anos, frequentou o Fluminense e praticou vôlei e atletismo antes de optar pelo esporte que o consagraria.

Atualmente, Calderano também recebe o Bolsa Atleta, programa de incentivo do Governo Federal que apoia os esportistas brasileiros e distribui renda com valores mensais e requisitos específicos para seis categorias: Atleta de Base, Atleta Estudantil, Atleta Nacional, Atleta Internacional, Atleta Olímpico/Paralímpico/Surdolímpico e Atleta Pódio.

Calderano esteve entre esses nomes e recebeu premiação na categoria atleta pódio. Ao todo, entre 2023 e 2024, 325 atletas (entre olímpicos e paralímpicos) foram contemplados pelo Governo Federal que aportou pouco mais de R$ 8 milhões somente nos mesatenistas. 

Outro aspecto vital para a evolução da qualidade dos atletas e do jogo está na infraestrutura. Os componentes vão além de mesa, raquete e bolinha. Um espaço adequado e um piso de qualidade também são fundamentais, como destaca Victor Schildt, vice-presidente da Recoma, empresa brasileira de pisos e infraestrutura esportiva e que atua há 45 anos no mercado, e responsável por fornecer, instalar e dar suporte logístico para os pisos certificados da modalidade nos Jogos Olímpicos do Rio-16 e no Pan-Americano de Lima-19.

“Nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, o piso usado para Tênis de Mesa e Tênis de Mesa Paralímpico foi um esportivo vinílico (PVC), certificado pela International Table Tennis Federation (ITTF). Ele proporciona uma superfície de jogo perfeita para competições de nível internacional. Nós não só fornecemos eles para essas modalidades como executamos grandes projetos de infraestrutura esportiva no país, também desempenhando um papel fundamental na promoção do esporte e ajudando a garantir aos atletas as melhores condições para treinamento e competição”, destacou Schildt.

Esporte estreante nos Jogos Olímpicos de Seul, na Coreia do Sul, em 1988, o Tênis de Mesa sempre foi praticado por aqui. Na primeira aparição do esporte na competição olímpica, coube a Claudio Kano e Carlos Kawai representarem o Brasil. 

O melhor resultado antes da chegada de Calderan havia sido com Hugo Hoyama, nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, quando chegou nas oitavas de final. Em Paris-24, Calderano superou o feito ao ficar na quarta posição. Agora, foi além ao faturar a Copa do Mundo.

De quebra, ele também ocupa hoje a 3ª colocação no ranking mundial da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF). Além dele, no feminino, Bruna Takahashi também fez história ao atingir a melhor colocação de sua carreira e se consolidar como a principal atleta das Américas. Ela alcançou as quartas de final da Copa do Mundo, feito que a fez subir oito posições e a colocou no 16ª lugar.

Outros brasileiros também marcaram presença na lista atualizada. Vitor Ishiy aparece em 46° lugar, seguido por Leonardo Iizuka, 77°, e Eric Jouti, 91°. Entre as mulheres, Giulia Takahashi aparece na posição de número 80 do mundo.

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