Irmãs Sabally prontas para liderar a equipe feminina de basquete da Alemanha em sua primeira participação olímpica

Foto: Tony Gutierrez

Satou e Nyara Sabally planejam aproveitar a primeira participação da Alemanha nos Jogos Olímpicos de basquete feminino. As irmãs estão orgulhosas de terem a chance de jogar juntas e irão aproveitar cada minuto de sua experiência em Paris. "Significa tudo, eu adoro dividir a quadra com ela," disse Satou Sabally, uma ala de 1,91 m. "Nós temos um vínculo não verbal que nos permite jogar bem juntas. Vimos isso em fevereiro; éramos como crianças novamente, compartilhando um quarto na estrada." 

As irmãs Sabally ajudaram a Alemanha a alcançar as Olimpíadas ao vencer o Brasil, país-sede, em um torneio de qualificação em fevereiro. Nyara Sabally, de 24 anos, disse que em determinado momento durante o torneio olhou para sua irmã e refletiu sobre a oportunidade de jogar com ela novamente. "Foi muito divertido," disse ela. "É especial e acontece de forma muito natural na quadra."

Elas não tiveram a chance de jogar juntas na universidade de Oregon. Nyara Sabally, 1,93 m, sofreu lesões no joelho nas suas duas primeiras temporadas, que foram as últimas de sua irmã na universidade. Avançar no torneio no Brasil teve um preço, pois Satou Sabally, de 26 anos, deslocou o ombro e não pôde jogar durante a primeira metade da temporada da WNBA. Ela foi liberada para competir nos Jogos de Paris.

As irmãs esperam que a equipe possa dar o próximo passo e avançar para as quartas de final quando o torneio olímpico começar. A Alemanha enfrenta um grande desafio após cair em um grupo difícil, encabeçado pelos EUA, que venceram as últimas sete medalhas de ouro olímpicas.

"Estamos levando jogo a jogo e seguindo o fluxo," continuou Satou Sabally. "Eu sei que temos que ter confiança na nossa equipe e estamos lá por um motivo."

Antes de chegar a Paris, a Alemanha joga contra os EUA em um amistoso em Londres na terça-feira à noite. Será uma chance para Nyara Sabally e Leonie Fiebich jogarem contra algumas de suas companheiras do New York Liberty que estão na equipe dos EUA — Breanna Stewart e Sabrina Ionescu. "Elas são inimigas. Já estamos estudando o jogo," disse Nyara Sabally rindo.

Ganhando ou perdendo em Paris, jogar nas Olimpíadas é um grande passo para o basquete feminino na Alemanha. "Sinto que as pessoas subestimam o quanto isso significa para nós como jogadoras," disse Fiebich. "Estamos trabalhando para isso há cinco ou seis anos e também para todas essas crianças em casa... elas podem nos ver jogando nas Olimpíadas e ter exemplos. E acho que isso é muito importante para nós."

A Alemanha está programada para sediar a Copa do Mundo de Basquete Feminino em 2026, o que será outro grande momento para o país. "É ótimo, estamos fazendo história. Toda a onda do basquete alemão está prosperando com isso," disse Satou Sabally. "Começa com as Olimpíadas e temos isso como padrão para o basquete alemão construir a partir daí. Espero que na Copa do Mundo não estejamos falando sobre avançar, mas sim ganhar uma medalha."