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Foto: AFP/John Thys |
Ultra-conservadores islâmicos acusam jogadoras turcas de vôlei de violarem as regras da religião, após o título da equipe no Campeonato Europeu, encerrado no domingo (3).
Antes da final do domingo, o ex-prefeito de Ancara (TUR), Melih Gokcek, exigiu a expulsão da jogadora Ebrar Karakurt, um dos destaques da seleção. O motivo seria o fato da turca ser assumidamente lésbica e posta fotos com a sua namorada.
Gokcek é membro do AKP, que é o partido do presidente Recep Erdogan. Erdogan que inclusive
O ódio do conservadorismo contra o vôlei feminino não começou recentemente. Durante os Jogos Olímpicos de 2021, o clérigo Ihsan Senocak, pediu para na então rede social Twitter (atual X) que elas não fossem chamadas de Sultanas da Rede (o apelido da seleção), mas sim que fossem da "fé, castidade, moralidade, modéstia e decência".
Após a vitória sobre a Polônia, nas quartas de final, a jogadora Zehra Gunes disse que a campanha turca na competição colabora com o avanço da sociedade turca rumo a modernidade, como queria o fundador da República Turca.
"Como mulheres turcas, tentamos ser modelos para as gerações futuras, iluminado o caminho que o fundador da república nos mostrou", desse Gunes.
A fúria só cresce após a confirmação da ótima fase da seleção, que também conquistou o título da Liga das Nações deste ano. Os conservadores criticam desde o fato de usarem burca para cobrir as cabeças até a própria aparência delas.
A vitória turca no Europeu, que foi mostrada em praças e ruas em todo o país, se tornou um símbolo de força e autonomia feminina.
1 Comentários
Lugar de mulher é aonde ela quiser, independente da religião,
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