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IBA abre representação contra países que boicotarem campeonatos mundiais de Boxe

Presidente da IBA discursando sobre uma bancada roxa com o nome da entidade
Foto: Arquivo REUTERS/Denis Balibouse

 

A Associação Internacional de Boxe (IBA) abriu processos disciplinares contra vários países devido ao seu planejado boicote a campeonatos mundiais amadores da modalidade, devido rejeição à inclusão de boxeadores russos e de Belarus em suas competições.

 

A IBA suspendeu a proibição de boxeadores russos e belarrussos de competirem sob suas bandeiras em outubro passado, seguindo em direção contrária à orientação do Comitê Olímpico Internacional (COI), após a invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro do ano passado.

 

A abertura de processos disciplinares pela IBA, que é chefiada pelo russo Umar Kremlev, visa o CEO do boxe dos Estados Unidos, Mike McAtee, o presidente do boxe do Canadá, Ryan O'Shea, o presidente da Associação de Boxe da República Tcheca, Marek Simak, o presidente da Associação de Boxe da Suécia, Per-Axel Sjoholm, e o presidente do Boxe da Nova Zelândia, Steve Hartley.

 

"No boxe, não há lugar para qualquer forma de discriminação, e a IBA vê como missão proteger seus valores", disse o órgão em um comunicado na quarta-feira, acrescentando que os países violaram artigos de seu código de ética. O código estabelece que qualquer oficial que "incite o boicote a uma competição ou desista de uma competição sem motivo válido" está sujeito a uma suspensão de até quatro anos de todas as atividades de boxe.

 

"Além disso, a IBA defenderá sua integridade e reputação e não permitirá que nenhum indivíduo a prejudique por meio de seu comportamento antiético", disse o comunicado.

 

Um total de 11 países estão boicotando os campeonatos mundiais e também incluem Irlanda, Grã-Bretanha, Polônia, Suíça, Holanda e Noruega. As nações do boicote disseram que não participarão do campeonato feminino, que será realizado em Nova Délhi a partir de 15 de março, nem do campeonato masculino em Tashkent, a partir de 1º de maio.

 

No mês passado, a federação de boxe da Ucrânia (FBU) se juntou ao boicote e seu vice-presidente, Oleg Ilchenko, disse que seus boxeadores também boicotariam os Jogos Olímpicos do ano que vem em Paris se boxeadores russos e belarrussos estivessem presentes.

 

A IBA tem estado em desacordo com as nações do boicote, especialmente depois que anunciou no mês passado que seus campeonatos mundiais seriam eliminatórios para as Olimpíadas de 2024. Essa afirmação foi refutada por McAtee, que descreveu a IBA como "incompetente" e disse que o anúncio era "totalmente inaceitável", já que o COI organiza as eliminatórias para os Jogos de Paris de 2024.

 

A IBA foi suspensa pelo COI em 2019 e impedida de participar das Olimpíadas de Tóquio de 2020 devido a questões de governança, finanças, arbitragem e ética. Como resultado, o COI também removeu o IBA do processo de qualificação de Paris. O boxe não está no programa inicial dos Jogos de Los Angeles de 2028, aguardando reformas.


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