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Fã de animes e da cultura asiática, Lethícia Lacerda disputa a primeira Paralimpíada da carreira no Japão


Lethícia Lacerda tem apenas 18 anos e está a dez dias de participar da primeira Paralimpíada da sua carreira como atleta. Os Jogos Paralímpicos não serão especiais para a goiana somente por isso, mas também pelo local em que a competição acontecerá: Tóquio, no Japão.

Fã da cultura asiática, a mesa-tenista da classe 8 é uma admiradora assídua de animes, doramas, de k-pop e de músicas japonesas, além de uma grande apreciadora da culinária do Japão. Para Lethícia, ‘os olhos brilham’ ao se imaginar jogando a primeira Paralimpíada em um país que, segundo ela, a sensação ao chegar é igual ao de ‘passar por um portal mágico’. A atleta admitiu que está com a expectativa no alto.

“Eu estou bem ansiosa. Estava até mais calma antes, mas agora que está chegando mais perto, parece que está caindo a ficha. A expectativa está lá em cima de participar disso tudo, de fazer parte da maior equipe paralímpica do Brasil. Acredito que vai ser uma Paralimpíada incrível, estou torcendo por isso”, disse a jovem, que é fã do anime Naruto.

Apesar de muito jovem, a mesa-tenista, filha da também atleta paralímpica Jane Karla, é a atual número 20 do mundo da classe 8 e já tem um currículo internacional de peso: medalha de bronze no individual da classe 8-10 dos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; bronze individual da classe 8-10 no Aberto da Espanha, em 2019; e duas vezes medalhista de ouro nos Jogos Parapan-Americanos da Juventude São Paulo 2017 (individual e por equipes).

“É muito doido, eu não imaginava chegar tão longe em tão pouco tempo. Eu sou muito nova, eu tenho um longo caminho ainda a percorrer e, mesmo assim, aos 18 anos, eu cheguei à competição das competições. Eu tenho muito orgulho de mim mesma, porque foi um trabalho árduo. Sei que tenho potencial para chegar ainda mais longe”, afirmou.

Lethícia sabe que o caminho para uma medalha em Tóquio é bem complicado. Por esse motivo, a goiana garantiu que está indo para o Japão para aproveitar ao máximo a experiência, mas que subir ao pódio é seu maior sonho, meta que quer alcançar nesta ou em futuras Paralimpíadas.

“Eu acho que para todo atleta o principal sonho é ganhar uma medalha olímpica ou paralímpica. É o meu sonho e quem sabe, no futuro, eu consiga. Eu vou para as Paralimpíadas com o foco em fazer o meu melhor e, se vier a medalha, eu vou ficar no lucro e muito feliz. Se não vier, eu sei que ainda tenho muito tempo e muita coisa pela frente. Estou indo para lá para aproveitar ao máximo”, assegurou.

Sonho em cursar Veterinária
Além das mesas, Lethícia Lacerda pretende entrar em uma faculdade. Amante das Ciências Biológicas, ela almeja seguir alguma carreira que se enquadra nos seus gostos. Seu maior sonho é cursar Medicina Veterinária.

“Eu gosto muito da área de biologia, mas meu sonho mesmo era ser veterinária. É complicado, porque é muito concorrido e a média para ingressar nesse curso em Portugal (país onde reside) é muito alta para entrar em uma universidade pública. Além disso, nas particulares, a mensalidade é muito cara. Mas eu vou tentar com todas as minhas forças passar para Veterinária”, prometeu.

A goiana também falou sobre o desafio que deve ser aliar a carreira como atleta e a vida acadêmica. Apesar da dificuldade, ela está disposta a tentar atuar nas duas frentes.

“Eu vou tentar ao máximo conciliar esporte com a faculdade, eu sei que vai ser bem complicado. Eu tenho alguns amigos que fazem isso e falam que é bem difícil, mas estou disposta a fazer esse sacrifício”, garantiu.

Foto: Alê Cabral/CPB

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