A boxeadora canadense Mandy Bujold, conseguiu nesta quarta (30) através da Corte Arbitral do Esporte (CAS), a autorização para competir em Tóquio. A bicampeã pan-americana no peso mosca, teve uma filha em 2018 e não competiu entre aquele ano e 2019. Com a pandemia de Covid-19, os torneios pré-olímpicos foram cancelados e uma força-tarefa utilizou os resultados dos dois últimos anos para decidir quem ficaria com a vaga olímpica.
Impedida de disputar o ouro nas últimas duas Olimpíadas por motivos alheios a sua vontade, Mandy continuou treinando firme após a parada dos campeonatos para conseguir uma vaga olímpica. Em Londres-2012, a canadense teve sua vaga dada para outra atleta, após mudanças no critério de classificação e durante a Rio-2016 teve uma infecção intestinal que a fez perder 5kg antes da disputa das quartas de final.
A lutadora contou com o apoio do país inteiro. O ministro do patrimônio canadense, pasta responsável pelo esporte no país, Steven Guilbeault, enviou uma carta ao presidente do COI pedindo que ela pudesse competir.
O Comitê Olímpico Canadense (COC) comemorou a decisão dizendo que acredita na igualdade de gênero no esporte e expressou estar satisfeito com a decisão da corte.
"Concordamos com a decisão de conceder este recurso, reconhecendo essas consequências e a necessidade de acomodação nos casos em que haja discriminação" - disse a entidade em nota.
O peso mosca feminino começa no dia 25 de julho e termina no dia 7 de agosto. As competições do Boxe ocorrerão no Ryōgoku Kokugikan, normalmente utilizada como arena de sumô.
Foto em destaque: Nick Iwanyshyn / The Globe and Mail
0 Comentários