Após meses de pressão, o Comitê Olímpico Internacional (COI) iniciou um processo formal contra o Comitê Olímpico Nacional da Reprública da Belarus (NOCRB), devido diversas alegações sobre violações da Carta Olímpica. De acordo com o COI a decisão foi tomada após o recebimiento de diversos "relatórios precocupantes sobre atletas e funciuonários ligados ao setor esportivo na nação européia.
Atletas bielorrussos que declararam ter sido alvos da NOCRB pediram ao COI que a organização seja suspensa. Neste caso a nação correrá o risco de não ser representada por sua bandeira e hino nos Jogos Olímpicos de Tóquio, adiados para 2021.
O NOCRB é liderada pelo próprio presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, que foi reeleito em agosto de 2020 para seu sexto mandato consecutivo, sob fortes alegações de fraude eleitoral. Ex-militar da União Soviética, Lukashenko é presidente desde 1994.
Segundo esportistas locais, o NOCRB discriminou aqueles que participaram de protestos contra Lukashenko. Em setembro, o presidente do COI, Thomas Bach já gavia se pronunciado sobre o caso, dizendo que “a não discriminação é um valor essencial do movimento olímpico. É por isso que estamos levando isso tão a sério”.
Aliaksandra Herasimenia, vencedora de três medalhas olímpicas na natação, solicitou "ações mais concretas" do COI e participou de uma marcha de protesto em no início de outubro, quando uma carta pedindo ao COI que suspendesse a NOCRB foi entregue na Casa Olímpica de Lausanne.
Herasimenia lidera a Fundação de Solidariedade Esportiva da Bielorrússia, e afirma que o governo da Bielorrússia intimidou pelo menos 40 atletas e treinadores. Dez foram condenados à prisão, incluindo a jogadora olímpica de basquete Yelena Leuchanka.
Vale lembrar que este não é o primeiro desentendimento entre o COI, o NOCRB e Lukashenko. Em 2012 a os organizadores das Olimpíadas de Londres negaram uma credencial para que o presidente da Bielorrússia acompanhasse o evento.
Foto: Cyril Zingaro/AP
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